O Departamento de Fábulas Fabulosas da CIA (ou foi da KCIA? Ou outra entidade coirmã?) vazou para a Reuters um xérox de “passaportes brasileiros dos Kim”, embora depois de inflar o balão admita na última linha não ter podido verificar se “houve adulteração”.
Pensando bem, para quem deu linha na pipa para “execuções com canhão antiaéreo” de ministro que dormira numa reunião, “bandas norte-coreanas metralhadas e jogadas aos cães” depois misteriosamente ressuscitadas e que tais, o “passaporte brasileiro dos Kim” é quase ‘comedido’.
Estranhamente, um passaporte brasileiro, que na época tinha duração de cinco anos (só em 2015 passou a dez) está lá estampado como data de emissão 1996 e data de validade 2006.
Os dois procederiam de SAO Paulo. O mais novo, tem mãe e pai (seria ‘Kim Jong Un’). O mais velho, nem mãe nem pai (supostamente ‘Kim Jong Il’). Muito normal, nem o agente consular brasileiro, nem as autoridades suíças, acharam nada de estranho.
As mais recentes atualizações da história são ainda mais mirabolantes. O UOL descobriu sagazmente que “o pai [suposto no passaporte] de Kim Jong Un tem relação com prostituição”. Esclarecem os argutos jornalistas investigativos que “nem todos os dados do passaporte seriam totalmente falsos. O nome Ricardo Pwag já apareceu como membro do círculo próximo” de Kim Jong Il (o pai de Jong Un).
O UOL afirma que “Ricardo Pwag seria Pak Yong-mu, que teria a função de conseguir prostitutas para “Kim e sua família”, segundo o livro “North Korea under Kim Chong-il – Power, Politics and Prospects for Change” (“Coreia do Norte sob Kim Chong-il – Poder, Política e Perspectivas de Mudança”, em tradução livre), de Ken E. Gause”.
Alguém perguntaria: e quem é Ken Gause? Consultando o google, facilmente se descobre que é diretor de um think tank que faz “estudos” para o Pentágono e o governo dos EUA desde a década de 1980. Imparcialíssimo – como o UOL.
A.P.