Após seu diretor, Mike Pompeo, afirmar que a CIA irá “se tornar uma agência ainda mais viciosa”, matéria do New York Times afirmou que a CIA está “expandindo suas operações secretas no Afeganistão”, o que foi descrito como “pequenas equipes de agentes e mercenários altamente experientes ao lado das forças afegãs para caçar e matar militantes do Talibã em todo o país”.
Em suma, estão chamando esquadrões da morte na improvável tentativa de deter a derrota no Afeganistão. Soldados das tropas especiais – como o que foi morto há poucos dias no Níger – irão participar das “missões”. Ação que foi descrita por círculos progressistas norte-americanos como uma espécie de “Operação Phoenix”, que seqüestrou, torturou e matou dezenas de milhares de civis no Vietnã na tentativa de deter a luta de libertação nacional e a resistência à invasão ianque. Se não conseguiram prevalecer quando tinham 100 mil soldados no Afeganistão, como esperam fazer isso agora, reduzidos a alguns milhares? A ocupação que já dura 16 anos, pode ser chamada de II Guerra do Ópio: o Talibã praticamente havia eliminado a produção de ópio, mas depois da invasão e ocupação, voltou a ser recordista mundial, produzindo 90% de tudo o que é consumido no mundo.
“Não podemos realizar nossa missão se não somos agressivos”, disse Pompeo em uma conferência de segurança deste mês na Universidade do Texas. “Isso é implacável, implacável. Você escolhe a palavra. A cada minuto, temos que nos concentrar em esmagar nossos inimigos”. Com uma lógica digna da atual Casa Branca, conforme o NYT, a entrada em cena de esquadrões da morte aos borbotões tem como meta “levar os talibãs à mesa de negociação”, o que o jornal aponta como “componente-chave da estratégia de Mr. Trump para o país”.
De acordo com a ONU, um número recorde de civis, 1.662, foram mortos na primeira metade do ano, e outros 3.581 ficaram feridos. O atual governo fantoche, encabeçado pelo ex-ministro da Finanças e ex-funcionário do Banco Mundial, Ashraf Ghani, sobrevive sob escolta ianque e dos traficantes, e foi resultado de uma fraude eleitoral escancarada.