
A cidade de São Paulo alcançou 99,2% da população adulta com o esquema vacinal contra a Covid-19 completo, com duas doses ou dose única. Os dados divulgados no boletim Vacinômetro do último sábado (20) apresentam um total de 10.570.110 pessoas acima dos 18 anos de idade vacinadas com a primeira dose (D1), sendo que 9.113.312 delas concluíram o processo de imunização com a segunda dose (D2).
Outras 328.125 pessoas receberam a dose única (DU) da vacina da Janssen. Em relação à dose adicional (DA), 1.130.279 doses foram aplicadas no público elegível. No total, o município já contabiliza 21.141.826 doses aplicadas.
Além disso, na cidade de São Paulo, 889.853 adolescentes de 12 a 17 anos, o que corresponde a 105,4% da população estimada para essa faixa etária, já receberam a primeira dose do imunizante. Enquanto que 33,9% dos adolescentes vacinados com a segunda dose, um total de 286.344 doses aplicadas.
Segundo o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, a cidade de São Paulo conseguiu avançar na aplicação da vacina contra a Covid-19 devido à capacidade técnica e ao compromisso dos profissionais de saúde de oferecer de maneira ágil a vacina a toda a população que aderiu em todas as fases da campanha.
“Ultrapassar o marco de 99% da população vacinada com a segunda dose no município é motivo de muita alegria. A administração municipal construiu uma rede de postos de vacinação e diferentes estratégias que serviram de modelo para vários municípios e estados do país, como, por exemplo, os megapostos e drive-thrus, que foram organizados com um padrão de segurança, principalmente, para facilitar o fluxo de atendimento a cargo de equipes fixas. Agora, o desafio é completar 100% dos cidadãos vacinados”, afirmou o secretário.
Mais imunizados que Nova York e Londres
Com mais de 99% da população adulta totalmente imunizada, o município supera outros grandes centros do planeta, como Nova York e Londres, que imunizaram aproximadamente 80% das pessoas com mais de 18 anos.
Com essas altas taxas de vacinados e a queda na média de mortes (atualmente está em 24, a menor desde o fim do ano passado), a vida volta quase ao normal, ainda que o uso de máscara seja obrigatório até, pelo menos, o fim do ano. Desde o começo de novembro, a prefeitura retirou as restrições de distanciamento de clientes em todos os estabelecimentos comerciais. As escolas já retomaram as aulas presenciais.
O prefeito de São Paulo Ricardo Nunes destacou que o modelo de controle da pandemia adotado pela cidade foi diferente de outros lugares do mundo. “Não tivemos nenhuma ação pensando em voto, popularidade ou desgaste. Foi na medida”, afirma Nunes.
Em entrevista à revista Exame, o prefeito, que assumiu a Prefeitura em maio deste ano, após a morte de Bruno Covas, contou como a maior cidade do país superou os piores momentos da pandemia de Covid-19 e os desafios da imunização em massa.
“A pandemia não afetou só São Paulo, afetou o mundo todo. Para conseguir enfrentar a crise sanitária, montamos uma grande rede com dez hospitais, contratamos 11.500 profissionais de saúde, com quase 700 pontos de vacinação. Em uma cidade com quase 12,5 milhões de habitantes, é preciso uma logística muito grande. A população foi muito consciente e se vacinou. Hoje São Paulo é a capital mundial da vacina”, disse. “O que isso tem a ver com a economia? Todos tiveram um impacto muito grande com a pandemia por conta do fechamento do comércio, mas conseguimos voltar antes, praticamente sem risco de regressão, como está acontecendo em alguns países da Europa. Aqui em São Paulo já estamos conseguindo fazer a retomada econômica, os empregos estão sendo retomados, o comércio reabrindo e as atividades voltando ao normal”, concluiu.