Em atividade de campanha na capital paulista, o candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, criticou o cartel formado pelos bancos e prometeu quebrá-lo.
Para Ciro, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil devem ser envolvidos diretamente no plano de diminuir os juros praticados pelo conjunto dos bancos. “Eu vou quebrar o cartel dos bancos. Vou quebrar pesadamente, já no primeiro dia”, disse o presidenciável.
A média do rotativo do cartão de crédito praticada no Brasil é a maior do mundo, com 231% ao ano, destoando até mesmo dos demais países da América Latina, cujo maior índice é o argentino, de 53,2%, ou seja, cinco vezes menor.
Ciro Gomes pretende, caso eleito, por em prática um programa chamado “Nome Limpo”. Visto que, segundo o SPC-Brasil, 63,4 milhões, ou 41%, dos brasileiros estão com o “nome sujo”, o pedetista promete facilitar a renegociação dessas dividas.
Contraditoriamente, o economista de Ciro, Mauro Benevides Filho, defende o regime de capitalização dos recursos da Previdência, que consiste em aplicá-los ao mercado financeiro. Objetivamente, este método leva a que os idosos não venham a receber suas aposentadorias, pois as mesmas estão sujeitas à especulação financeira.
O próprio Ciro Gomes também já disse várias vezes que pretende trazer o regime de capitalização para a previdência social. Segundo ele, o regime de repartição está fadado ao fracasso, pois a estrutura demográfica mudou , ou seja, tem mais inativos do que gente trabalhando. Diz ele que, no resto do mundo, o regime de capitalização é a regra. É essa última parte que me chama a atenção. Essa informação procede? Como se dá financiamento da previdência em outros países?
Será que isso tem mesmo importância, leitor? A regra no mundo, desde a queda da URSS, com as exceções notórias, é a exploração imperialista mais desapiedada – isto é, o neoliberalismo. Se a nossa opção na Previdência for ditada pelo que há na maioria dos outros países, nós estamos lascados. É só ver o Chile. Ou os EUA. A submissão jamais é uma solução.