Ciro e Kalil tentam formar uma aliança eleitoral em Minas

Prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), e o ex-governador Ciro Gomes (PDT). Fotos: Reprodução
PDT propõe uma candidatura ao Senado em eventual chapa liderada pelo PSD; Duda Salabert (vereadora em BH) e Mário Heringer (deputado federal) são opções do partido

O pré-candidato à Presidência da República pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista), Ciro Gomes, vai se encontrar com o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), na próxima sexta-feira (11), em busca de uma aliança para a disputa eleitoral em Minas Gerais.

O acordo preferencial do PDT é compor uma chapa majoritária com o prefeito de BH, pré-candidato ao governo de mineiro, o que pode garantir um palanque para Ciro no Estado.

O PDT é uma das legendas partidárias mais próximas ao prefeito de BH.

A esperança é que eles repitam dobradinha promovida em 2018, quando o governante belo-horizontino foi entusiasta da campanha do ex-ministro ao Palácio do Planalto.

O PDT quer indicar o candidato ao Senado por Minas. Esse será outro ponto levado à mesa de discussão caso Kalil resolva tentar o governo.

PREFERÊNCIA POR KALIL

“Nossa preferência é pela candidatura do Kalil, desde que ele abra palanque para o Ciro e a gente tenha uma composição na chapa majoritária [Senado]. Mas ele não definiu isso ainda. Então, temos que aguardar”, disse, em entrevista ao jornal Estado de Minas, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi.

O presidente do PDT destaca Kalil como um excelente concorrente à Cidade Administrativa. “Ele ainda não bateu o martelo. É um bom candidato, está fazendo boa gestão em Belo Horizonte, tem boa imagem pública e fala a linguagem do povão. É um nome com quem temos excelente relação. Participamos e apoiamos o governo dele”.

SALABERT E HERINGER

Se conseguir receber o direito de indicar o candidato ao Senado do grupo de Kalil, o PDT cogita Duda Salabert, vereadora mais votada de Belo Horizonte, e Mário Heringer, deputado federal e presidente estadual da sigla.

Lupi tece elogios a ambos e garante que podem compor “dobradinha” caso a participação na possível coalizão liderada pelo PSD não vingue.

“[Duda] É um nome diferente, que quebra tabus e tem preparo. É uma pessoa do campo popular, de centro-esquerda. É um belo nome. Não quero descartar o nome do Mário. Se Duda for, por exemplo, candidata a governadora, Mário pode ser para o Senado. Se for composição com Kalil, um dos dois pode estar na majoritária”, projetou o dirigente pedetista.

Lupi admite chances de o PDT filiar um quadro importante da política mineira em breve. Embora não revele o nome da pessoa com quem negocia, o mandatário disse que o acerto pode estar próximo.

DISPUTA TEM DOIS PRÉ-CANDIDATOS

Em dezembro, em entrevista ao Estado de Minas, Kalil afirmou que o momento não permite discussões eleitorais. “Todo prefeito de Belo Horizonte é candidato ao governo, só que não é hora. Estou cuidando da minha cidade”, assinalou.

No fim do ano, o ex-deputado estadual Adalclever Lopes (PSD), articulador de Kalil, esteve em São Paulo e se encontrou com Luiz Inácio Lula da Silva (PT). À época, o prefeito elegiou, mas minimizou possíveis efeitos do encontro a hipotética aliança ao petista.

“O Lula é um líder inquestionável. Não é possível um cara que foi preso estar com 48% de intenção de votos. Quem questionar o Lula ou é burro ou só fica de tonto. Então, o Lula é um líder inquestionável. O Bolsonaro tem lá a parcela dele também. Então, ninguém pode ignorar nem Lula nem Bolsonaro. Agora, isso não quer dizer que vou abraçar o Lula porque o Adalclever foi fazer uma visita de amigo para ele”, esclareceu.

ZEMA E VIANA

Embora Kalil ainda não se coloque como pré-candidato, a disputa pelo Palácio Tiradentes tem dois nomes que já falaram publicamente sobre a intenção de concorrer.

Um deles é Romeu Zema (Novo), que vai tentar a reeleição. O outro é o senador Carlos Viana, que deixou o PSD para ser o pré-candidato do MDB.

M. V.

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