O PDT do estado de São Paulo promoveu um debate virtual com a participação de Ciro Gomes, ex-governador e vice-presidente do PDT, Flávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão, Marina Silva (Rede), ex-senadora, Alessandro Molon (RJ), líder do PSB na Câmara, e Carlos Lupi, presidente nacional do PDT.
Ciro Gomes afirmou que “Bolsonaro vai tentar uma aventura, e nós precisamos nos preparar, desde agora, para não permitir que isso aconteça”.
Ciro ainda criticou a insistência de Bolsonaro no uso da cloroquina no tratamento de Covid-19, que foi o motivo pelo qual Nelson Teich pediu demissão do Ministério da Saúde. “Não tem vacina ou remédio. Por isso é muito criminoso político ficar prescrevendo remédio. É criminoso. Aqui no Ceará já tem gente morrendo porque se medicou com esse remédio”.
Para Marina Silva, “Bolsonaro aposta no ‘quanto pior, melhor’ para tentar criar uma situação de desagregação social”.
“A crise tem muitos sintomas, e o pior deles, em termos políticos, é o Bolsonaro. Ele agrava profundamente a crise, é um operador da crise”, disse Marina.
“O Bolsonaro, se puder dar um golpe de estado, dará. Essa é a vontade dele, é a tendência dele. E nós temos que contê-la”, advertiu Flávio Dino.
“O bolsonarismo cresce quando cresce a desorganização. Nós temos que conter o Bolsonaro e sermos elementos organizadores da sociedade. Aglutinadores de esperanças”, continuou. Para ele, “não há dúvida de que ele [Bolsonaro] é, hoje, a face mais terrível da crise. Ele é o eixo dinâmico de um retrocesso civilizacional no Brasil”.
“A preservação da democracia é a tarefa número um, uma vez que ela é premissa para todas as demais”, afirmou Dino.
Alessandro Molon afirmou que Bolsonaro é “alguém que não tem o mínimo de noção de suas responsabilidades, de compromisso com a vida das pessoas”.
Apesar de dizer “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, “o comportamento de Bolsonaro é o contrário desse. É a minha família acima de tudo e um comportamento de quem se sente Deus”.
Carlos Lupi disse que é preciso levar para a população o alerta de que a “ameaça não é só à democracia, mas à vida”. “Bolsonaro, hoje, é pior do que o coronavírus, porque cada vez que ele vai em um evento, que ele motiva as pessoas a saírem na rua, ele tá matando gente”, disse Lupi, no debate, que foi mediado pelo presidente do PDT-SP, Antonio Neto.