
Claudia López, do partido Aliança Verde, assumiu como a primeira mulher eleita prefeita de Bogotá, na quarta-feira (1º).
Claudia comprometeu-se a combater a insegurança, promover o emprego e a educação gratuita e de qualidade, a saúde pública e a “reverdecer a cidade” que sofre com a falta de atenção aos lugares públicos.
“Bogotá, muito obrigada por confiar a mim seu presente e seu futuro. Prometo honrar essa confiança e dar tudo de mim para que nossa Bogotá seja, nos próximos quatro anos, uma cidade e região mais inclusiva e sustentável”, assinalou Claudia, convocando os moradores de Bogotá a construir uma cultura cidadã que elimina “de uma vez por todas o racismo, o classismo, o machismo e a xenofobia, através de uma pedagogia da igualdade”.
A nova prefeita defendeu o direito ao protesto social, em clara referencia às manifestações dos últimos meses de 2019. Em novembro passado, dezenas de milhares de colombianos atenderam o chamado das centrais sindicais, partidos de oposição e entidades sociais para sair às ruas e exigir mudanças na política econômica e social do presidente neoliberal Iván Duque, que busca a imposição de um salário mínimo não reajustado, a elevação de impostos, e uma saraivada de ataques aos direitos trabalhistas aos quais chama de ‘reforma’. O povo se manteve nas ruas durante semanas em várias cidades do país exigindo melhores condições de vida e de trabalho.
López reivindicou sua origem modesta, “sem berço nem sobrenomes altissonantes”, assim como sua condição “diversa” após contrair matrimônio com a senadora Angélica Lozano, no dia 16 de dezembro. Destacou que Bogotá escolheu a “filha de uma professora” que pode sair adiante com o apoio de sua família e que “na base de tenacidade e ação coletiva conseguiu abrir passagem na academia e no serviço público”.