Entidade defendeu o tabelamento de preço do botijão de gás a R$ 55
A Confederação das Mulheres do Brasil exigiu, em nota, o “tabelamento e o congelamento do preço do gás de cozinha a R$ 55,00”. Para a entidade “desde janeiro de 2017 o bolso do povo vem sendo assaltado pelo governo Temer, que atrelou o preço dos combustíveis e seus derivados ao dólar provocando aumentos escorchantes na gasolina e no gás de cozinha. Temos quase 30 milhões de desempregados e a carestia só aumenta”.
A partir de 2002, o preço do gás passou a ter políticas diferentes dependendo do seu uso. Por exemplo, o gás a granel acompanhava as variações dos preços internacionais, enquanto o gás de cozinha foi congelado, por ser mais popular, e era subsidiado pelo governo.
Em 2015, após 13 anos de congelamento, o governo Dilma anunciou um aumento de 15% no gás de cozinha, que foi gradativamente passando a ser ajustado, assim como a gasolina e o diesel, pelos preços internacionais. O preço médio do botijão de 13 quilos antes do aumento de 2015 era de R$ 46,19.
Já em abril de 2017, sem controle sobre os preços cobrados ao consumidor, botijão passou a uma média de R$ 57,19. Em abril de 2018, o botijão já estava R$ 66,99 em média, mas em vários lugares o preço ultrapassava os R$ 80.
A CMB também destacou o impacto desse aumento na vida das famílias brasileiras: “Mais de um milhão e duzentas mil famílias (dados do IBGE) não conseguem comprar gás para cozinhar. O resultado é o aumento de acidentes domésticos com o uso de álcool e querosene no preparo da comida”.
A Confederação também destacou que a política de Temer, de benefício às petroleiras estrangeiras e descumprimento do acordo com os caminhoneiros é uma provocação aos caminhoneiros e toda a população.
“Basta! Exigimos preço justo a R$ 55,00 com tabelamento, congelamento e subsídio para o gás de cozinha para todas as famílias jogadas no desemprego por esse governo corrupto e irresponsável! Mulheres à Luta!”, finaliza a nota.
CONSELHO
A presidente da CMB, Gláucia Morelli, denunciou no dia 13, durante a cerimônia de posse do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), o aumento abusivo do preço do gás, em meio às tentativas de impedimento do secretário de Governo de Temer, Carlos Marun.
Glaucia destacou a necessidade do tabelamento e congelamento do preço do gás de cozinha, para garantir o acesso da população, destacando a dramática situação das famílias que estão utilizando álcool e querosene para cozinhar, pois não conseguem comprar gás.
Após a denúncia, Marun resolveu encerrar a sua fala e se retirar do evento.