A Confederação das Mulheres do Brasil (CMB), divulgou uma nota, assinada pela presidente, Glaucia Morelli, exigindo punição ao Ministro do TSE, Admar Gonzaga, por agressão contra sua mulher Élida Souza Matos.
“A Confederação das Mulheres do Brasil repudia veementemente o ataque criminoso sofrido por Élida Souza Matos, de 42 anos, praticado por seu marido, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Admar Gonzaga”.
“A denúncia do crime, empurrões violentos e agressivos, foi feita pela própria Élida, em boletim de ocorrência registrado contra o ministro do TSE, no dia 23 de junho, em Brasília, com a realização de exame de corpo de delito. De acordo com o laudo, houve ‘ofensa à integridade corporal ou à saúde’, por meio ‘contundente’. Atendida no IML, a mulher do ministro apresentava, segundo o laudo, ‘edema e equimose violácea em região orbital direita’”.
“Não se pode minimizar essa covardia. Gonzaga foi denunciado, pela Procuradoria-Geral da República, por agressão à mulher e o caso permanece sobre relatoria do decano Celso de Melo, que ainda não tomou uma decisão sobre o pedido de medidas protetivas. Como ministro do TSE, Gonzaga só pode ser julgado pelo Supremo. Ele tem direito ao famigerado ‘fórum privilegiado’”.
Para a entidade, “a corte suprema deve dar exemplo para a sociedade, punindo exemplarmente o juiz. Que não seja aceita a defesa do criminoso de que não houve nada que justificasse sua prisão à época e que foi apenas um acidente caseiro, acometido por uma mulher ciumenta”.
“Exigimos que a lei seja cumprida! Exigimos a permanência de Admar na cadeia com severa punição bem como a todos aqueles que ousarem, por uma fração de segundo sequer, agirem ou defenderem atos violentos contra qualquer mulher! Ainda que o agressor seja ministro e aliado de Temer, a lei deve valer para todos”, ressalta a CMB.