A presidente da Confederação das Mulheres do Brasil, Gláucia Morelli, denunciou no dia 13, durante a cerimônia de posse do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), o aumento abusivo do preço do gás e o impacto que isso traz para o bolso das famílias brasileiras. “Um milhão e duzentas mil famílias não conseguem comprar gás”, disse Glaucia, em meio às tentativas de impedimento do secretário de Governo de Temer, Carlos Marun.
Em sua intervenção, Glaucia destacou a necessidade do tabelamento e congelamento do preço do gás de cozinha, para garantir as condições de a população adquirir o produto. De abril de 2017 a abril de 2018, o preço do botijão de gás de cozinha (GLP) foi aumentado em 70%.
Assim como a gasolina e o diesel, a política de preços do gás de cozinha (GLP) passou a ser reajustado pela cotação do dólar e o preço internacional do produto.
Como não há nenhum tipo de controle dos preços cobrados ao consumidor, os preços passaram de R$ 57,19 em média, em abril de 2017, para R$ 66,99 em abril de 2018. Sendo que em vários lugares o preço passava dos R$ 80
A presidente da CMB apontou a dramática das famílias que estão sendo obrigadas a utilizar álcool e querosene para cozinhar, pois não conseguem comprar gás.
Ela citou o aumento das queimaduras pelo uso inadequado destes produtos.
No Hospital da Restauração de Recife – referência pernambucana no tratamento de queimaduras, “90% dos pacientes são mulheres e crianças que se acidentaram cozinhando com álcool e querosene”, relembrou Glaucia.
“Abaixe o preço do gás, tabele o preço do gás!”, exigiu.
Após a denúncia da presidente da CMB, Marun resolveu encerrar a sua fala e se retirar do evento.
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