A Confederação das Mulheres do Brasil (CMB) organizou nesta terça-feira, 03, um ato na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), pela revogação da “reforma” trabalhista e contra o plano do governo de acabar com as aposentadorias através da “reforma” da Previdência.
Iniciado em frente ao Ministério do Trabalho e Previdência, o ato seguiu pelo Eixo Monumental até chegar ao Supremo Tribunal Federal (STF). Durante o percurso, a presidente da CMB, Glaucia Morelli, denunciou que “a lei de Temer que extingue os direitos trabalhistas e a CLT, desse ano, e a PEC da morte (PEC 55 que estabelece teto de investimentos), de 2016, já resultam em mais miséria, desemprego e caos na saúde pública. “Não permitiremos que as mulheres sejam ainda mais prejudicadas com essas reformas”, salientou.
O ato contou com o apoio de diversas entidades, como a COBAP (Confederação Brasileira de Aposentados, Pensionistas e Idosos), a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Força Sindical, Federações de Mulheres de São Paulo, do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Oswaldo Cruz.
Durante o protesto, as representantes da CMB tentaram entrar no STF para entregar um manifesto pela revogação da Reforma Trabalhista, mas lhes negaram a entrada. Em seu documento, a CMB denuncia que “o fechamento do Programa Farmácia Popular; a ausência de atendimento em UTIS com pessoas morrendo nas filas; o fechamento de Clínicas de Saúde da Família; o fechamento de 20 maternidades na cidade de São Paulo e mais de 23 mil leitos do SUS, a aprovação da lei que permite o trabalho da gestante em locais insalubres com atestado feito por médico pago pelo patrão, o fim do direito à amamentação, a redução dos salários, o aumento da discriminação no trabalho com o fim do direito ao salário igual para trabalho igual é a cruel e sanguinária realidade de fome, desespero, peregrinação, dor e morte que as famílias, e sobretudo as mulheres, as crianças e os idosos estão enfrentando”.
O resultado desta política são os “26,5 milhões de desempregados ou subempregados e a maior recessão em toda a história do Brasil agravando a fome, a miséria e o total retrocesso na garantia dos direitos sociais e trabalhistas, (…) É agressão e descaso sem fim com o povo e o país”, continua o documento.
Gláucia salientou que “as maldades não param e as ruas serão a resposta. Não daremos sossego a todos que buscam a impunidade assaltando os direitos de mulheres e homens que lutam honestamente para colocar a comida na mesa de seus filhos e criá-los ensinando dignidade e honra”. “A cobrança do povo será do tamanho de sua dor”, alertou Gláucia.
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