CNI critica ataques de Guedes ao Senai e Sesi

Curso gratuito em uma das unidades do Senai em SP

Declarações do economista Paulo Guedes, futuro ministro da Economia de Bolsonaro, de que pretende mexer no funcionamento do Sistema S, que engloba entidades do setor industrial como Senai, Sesi e Sesc, geraram críticas da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A entidade já havia se manifestado contrária à proposta de Guedes de acabar com o Ministério da Indústria e Comércio, que será fundido ao supermistério de Guedes. Sobre esse superministério, o presidente da entidade, Robson Andrade, já havia dito em entrevista que o país não precisava de um “czar” para resolver os problemas da economia.

Em referência a informação de que Guedes tem dito em conversas privadas que pretende “privatizar” o Senai, o empresário afirmou que é “falta de conhecimento” sobre a atuação das instituições.

“Há 100% de transparência”, disse Andrade em matéria publicada pelo Valor Econômico, sobre a prestação de contas das entidades. “Não falo pelos demais, mas todos os contratos do Sesi e do Senai estão disponíveis na internet para qualquer um ver”, acrescentou.

O futuro ministro tem afirmado ainda que o ensino técnico poderia ser assumido por um grupo de educação privado, que já atue com ensino básico e superior, e teria a formação técnica como complementar à grade.

Segundo Robson Andrade, o Senai e o Sesi são referência dentro do Sistema S pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Corregedoria-Geral da União (CGU).

Ele informa que o Senai recebe anualmente 3,7 milhões de matrículas para qualificação profissional em cursos técnicos e de educação continuada. Dois navios-escola circulam pela Amazônia para oferecer cursos às comunidades ribeirinhas. O Senai dispõe ainda de 26 institutos de inovação. O Sesi, por sua vez, beneficia 1,2 milhão de estudantes por ano.

 

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