“A BRF Brasil Foods, empresa de produção de alimentos envolvida na operação Carne Fraca, anunciou férias coletivas para 3 mil funcionários da unidade de Capinzal, em Santa Catarina”, denunciou Artur Bueno, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e afins (CNTA Afins).
A CNTA Afins já se organiza para garantir os postos de trabalho. Para o presidente da entidade, “quando uma empresa dá férias coletivas fora de época, é preciso ficar atento, porque o próximo passo pode ser a demissão”, alerta.
Após as revelações da Operação Trapaça, desdobramento da Operação Carne Fraca, a BRF perdeu sua certificação sanitária de produtos exportados, e decidiu diminuir seu número de trabalhadores anunciando férias coletivas para os cerca de três mil funcionários.
Artur complementa que “nossa preocupação é com a preservação do emprego. Queremos saber da empresa como está a situação dela. Vamos tentar encontrar uma solução que não prejudique os trabalhadores. É necessário também trazer o governo para essa discussão. O Ministério do Trabalho está omisso. Não participa e não faz sua função”, afirma.
As férias coletivas terão início no dia 7 de maio e terão duração de 30 dias e afetará funcionários da linha de abate de aves.