O cobrador Luiz Alves de Lima foi inocentado da acusação de ter abusado da própria filha de 2 anos. Malta instigou a falsa acusação contra o cobrador por reles motivos eleitoreiros
O senador Magno Malta (PR/ES) está sendo processado pelo ex-cobrador de ônibus Luiz Alves de Lima, de 45 anos. Acusado injustamente, em 2009, de estuprar a própria filha de dois anos, tendo a esposa como cúmplice, ele ficou preso nove meses no Centro de Detenção Provisória de Cariacica, Espírito Santos, onde foi brutalmente torturado.
Lima atribui seu infortúnio ao senador, que, na época, era presidente da CPI da Pedofilia. Hoje, Magno Malta é homem de confiança de Jair Bolsonaro e cotado para assumir um ministério.
No terceiro dia da prisão de Lima, o senador chegou no local “com um batalhão de gente”, incluindo inúmeros jornalistas. O delegado do caso escreveu em seu relatório: “Malta manifestou-me que, por sentimento pessoal e experiência profissional, entende ser o pai da criança o autor do delito”.
Nas sessões de tortura, Lima perdeu a visão do olho direito e, do esquerdo, tem somente 25%. Ele contou que a perda da visão foi de tanto apanhar na prisão. Mostrando os dentes: um deles é só um cotoco, diz que “pegaram o alicate e foram apertando até estourar”.
Ele relatou ter sido torturado por mascarados que se revezavam no “quadrado com banheirinho” onde ficava. “Passei o aniversário num tonel cheio de gelo, botaram minha mão pra trás”. Lima declarou que tudo que passou só aconteceu em consequência do “circo” montado por Magno Malta. No mesmo mês em que o episódio ocorreu, o senador prometera no plenário que “os pedófilos desgraçados” estavam com “os dias contados”.
Luiz Lima afirmou aos Ministérios Público Federal e Estadual que o senador Magno Malta o usou para alavancar sua candidatura, pois era candidato à reeleição no Senado, e conseguiu se eleger.
Franz Simon, que atuou como defensor público de Lima e, atualmente, está aposentado, comenta que “houve um teatro”. Ele destaca que o depoimento do ex-cobrador “foi atrasado até que aparato da CPI chegasse, ele acabou sendo o bode expiatório”.
A esposa de Luiz Alves de Lima, Cleonice Conceição, ficou 42 dias presa e também afirmou que foi pressionada por Malta para acusar o marido. Cleonice levara a criança ao hospital para tratar de oxiúro, verme que pode provocar coceira na região genital, por inflamação. Uma médica desconfiou de violência sexual e um legista deu um estranho prosseguimento à suspeita.
Porém laudos posteriores demonstraram que a criança não sofreu abuso. Inclusive um feito pela médica legista indicada pela Justiça e também do Departamento Médico Legal (DML), Clicie Cristina Lima Turra, que atestou ao juiz do caso em 2012: “…Foi observado genitália compatível com a idade. Hímen anular íntegro. Ausência de lesões de natureza violenta na genitália externa, períneo e ânus”.
“Quando cheguei no presídio, tentei falar para a polícia que tinha vários papéis da neném pra mostrar que ela tava com oxiúro. O Magno falou que, se não acusasse Luiz, nunca mais ia ver minha filha. No momento de desespero cheguei a acusar ele, sim”, contou.
Inocentado em todas as instâncias da Justiça, o ex-cobrador processa o senador, o estado e o médico responsável pelo laudo que o colocou na posição de suspeito.
A filha do cobrador agora tem 12 anos, ela foi separada dos pais na época da acusação. E ainda vive separada deles por conta de tudo o que aconteceu. Tem sido uma luta diária dos pais fazer com que a garota volte ao convívio familiar, apesar de todas as feridas causadas pela injustiça cometida.
Magno Malta não conseguiu se reeleger senador nas eleições deste ano. Diz ele que deverá ser ministro de Bolsonaro. Falou-se que ele seria “ministro da Família”. Logo ele que destruiu uma família pobre, trabalhadora .
No entanto, notícias dão conta que sua nomeação está na geladeira.
W. F.
Se foi torturado ele deve processar também o Estado
Malta, A Justiça, A política, A polícia, A religião e a Esposa = assim que vive os diferentes
Ainda bem que esse lixo não foi reeleito. Povo, aprenda a votar, nunca votem nessa escória, esse tal
de Malta sempre me despertou ASCO, NOJO. Nunca o suportei, inconscientemente, já tinha péssima percepção desse ser abominável.