O ministro das Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, fez em Nova York a afirmação conivente com o maior crime ambiental já registrado na história do Brasil, que matou 19 pessoas.
Para ministro Coelhinho, crimes da Samarco em Mariana foram “um acidente” “uma fatalidade”
O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho (PMDB), afirmou num seminário promovido pelo jornal Financial Times, em Nova York, que a queda da barragem de Fundão de propriedade da mineradora Samarco, o maior crime ambiental já registrado na história do Brasil, que matou 19 pessoas no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), foi um “de fato um acidente”.
Segundo ele, não há como ter controle sobre “uma fatalidade”.
Durante seu discurso para investidores, o ministro do governo Temer em nenhum momento citou a responsabilidade da empresa Samarco ou da mineradora Vale, formalmente acusadas pelo Ministério Público, na tragédia, muito pelo contrário, ele afirmou que desastre foi de fato um acidente.
“Nós tivemos recentemente o desastre de Mariana, que não contribuiu, mas aquilo tem que ser encarado como foi, de fato foi um acidente. Nós temos que trabalhar para que outros não ocorram, mas como uma fatalidade, você não tem controle sobre isso”, declarou em Nova York.
O rompimento da barragem da companhia no dia 5 de novembro de 2015 provocou o vazamento de 62 milhões de metros cúbicos de lama, o que matou 19 pessoas, soterrou centenas de casas, deixou milhares desabrigadas e contaminou o Rio Doce de sua nascente à sua foz.
Coelho Filho também defendeu o decreto do presidente Temer, que extingue a Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca), uma área de preservação mineral de mais de 46 mil metros quadrados. Para ele, a mineração sofre muito preconceito no país.