A eleição colegiada para a escolha dos novos reitor e vice da Universidade de São Paulo (USP) ocorreu na última segunda-feira (30).
Apontada durante a campanha como defensora de medidas de arrocho , a chapa do atual vice-reitor da instituição, professor Vahan Agopyan, foi a mais votada, com 1.092 votos. A chapa vencedora é do campo da situação do atual reitor, Marco Antonio Zago. Ela encabeçara a lista tríplice que será encaminhada para o governador Geraldo Alckmin (PSDB).
As chapas de oposição a atual gestão ocuparão o segundo e terceiro lugar da lista. O segundo lugar ficou com a diretora da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas), Maria Arminda do Nascimento Arruda, com 840 votos. O professor Ildo Sauer, vice-diretor do Instituto de Energia e Ambiente da USP, ficou em terceiro lugar, com 594 votos. O quarto colocado, o professor da FFLCH Ricardo Terra, teve 163 votos e não fará parte da lista. Dos 2.097 aptos para votar, participaram 1.949.
A formação da lista para definição do cargo de reitor não é realizada de forma direta e paritária entre o conjunto da comunidade da universidade. Um “colégio eleitoral”, formado por 2.097 pessoas estava apto para votar, participaram da votação, 1.949 pessoas.
Na semana anterior, uma consulta realizada na comunidade uspiana apresentou um resultado oposto ao do colegiado. Apesar de oficial, ela não define os candidatos.
A consulta pública atingiu mais de 9 mil professores, estudantes e funcionários, e trouxe em 1º lugar a professora Maria Arminda, com 3.749 votos, em 2º lugar o professor Ildo Sauer, com 2.553 votos, em 3º lugar o professor Vahan Agopyan, com 2353 votos, e em 4º lugar o professor Ricardo Terra, com 439 votos. Maria Arminda e Ildo Sauer, oposição à atual gestão ficaram, na consulta, com 70% dos votos, enquanto Vahan não teve 25%.
“Na consulta à comunidade de estudantes, docentes e funcionários, a chapa de continuidade da gestão Zago teve resultado amargo”, destacou nota do Diretório Central dos Estudantes (DCE-USP).
O DCE Livre da USP afirmou que “o resultado das eleições não reflete os anseios da comunidade acadêmica”.