Os protestos contra o arrocho, que Macron insiste em manter, voltaram a tomar as ruas da França pelo 11º sábado consecutivo, no dia 26.
Em Paris, a manifestação principal ocupou a Praça da Bastilha, mas houve outros atos espalhados pela cidade. As concentrações reuniram milhares de franceses na capital do país e entraram noite adentro.
Foi também na Praça da Bastilha, ao anoitecer, que começaram os primeiros confrontos com os policiais. Os enfrentamentos se estenderam para diversos pontos da cidade.
Um dos líderes do movimento, Jerôme Rodriguez, foi atendido assim que atingido no olho por um fragmento de uma bomba de gás lacrimogêneo, mas o ferimento acabou causando a perda do olho.
Fontes governamentais francesas estimam em cerca de 70 mil manifestantes por toda a França e 7.000 em Paris. 52 manifestantes foram presos, neste sábado, por policiais que se espalharam pela França em número de 80 mil, assim como tem acontecido, em termos do enorme aparato repressivo que o governo tem alocado nas principais cidades do país a cada sábado.
O ato em Paris começou pacífico, mas parte dos manifestantes ergueram barricadas e atiraram pedras sobre os policiais e foram respondidos com gás lacrimogêneo e jatos de água (estes últimos utilizados, tanto para dispersão, como na tentativa de apagar as barricadas em fogo). Dessa vez o policiamento foi reforçado por um pelotão de policiais com cães que agrediram manifestantes.
Em Marselha os confrontos eclodiram diante de um dos principais centros comerciais da cidade. O centro foi tomado pelo gás lacrimogêneo lançado em grande quantidade pelos policiais. Multidão também tomou as ruas de Lyon e aí houve confrontos entre manifestantes e policiais.
Houve também fortes enfrentamentos na cidade de Evreux, Normandia, onde foram erigidas barricadas em ruas vizinhas ao centro.