Na quinta-feira, 17, um carro bomba estourou nas imediações da Academia de Polícia General Santander, em Bogotá, capital da Colômbia, deixando 21 pessoas mortas e 68 feridas, segundo informou o ministro de Defesa, Guillermo Botero. Pouco antes do carro explodir, ocorria no local uma cerimônia de promoção de cadetes.
Ao anoitecer, com rosas e velas, amigos fizeram vigília solidária aos parentes das vítimas do atentado.
As autoridades ainda investigam o que teria motivado a ação, embora a procuradoria-geral da Colômbia não descarta que o Exército de Libertação Nacional (ELN), grupo armado que se mantém ativo no país, tenha envolvimento com a explosão que abalou o país.
O jornal “El Tiempo” informou que ao volante desse veículo se encontrava José Aldemar Rojas Rodríguez, que não tinha antecedentes criminais, mas foi caracterizado como especialista em explosivos do ELN.
A polícia afirmou que o número de 21 mortos ainda é preliminar. Os 68 feridos foram levados para diferentes hospitais com o apoio das equipes de socorro e emergência do Distrito de Bogotá. Dez dos feridos seguem internados. Entre os mortos está uma policial do Equador.
O presidente Iván Duque classificou o incidente como “ato terrorista”, pedindo que os autores do ataque sejam levados à Justiça. “Vamos ao lugar dos fatos. Dei ordens para a Força Pública para determinar os autores desse ataque e levá-los à Justiça”.
Também de acordo com o jornal colombiano, ainda não está claro o motivo que levou Rojas a provocar a explosão. A investigação apontou outra possibilidade, a do “clã Úsuga”, uma milícia paramilitar ligada ao narcotráfico no país, ter coordenado o ataque.
O ELN, composto por cerca de 2 mil combatentes, segundo El Tiempo, tem participado de negociações com o governo desde fevereiro de 2017, com o objetivo de encerrar o conflito que dura décadas. As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), a outra organização que atuava como oposição armada no país, realizou um acordo com o governo e se transformou no atual partido Força Alternativa Revolucionária do Comum.