Com o aumento do número de mortes e dos casos confirmados e suspeitos em São Paulo, o governo paulista anunciou neste sábado (21) estado de quarentena por 15 dias como iniciativa para barrar o avanço da pandemia de coronavírus.
Segundo informou o governador João Doria, o número de mortes por coronavírus no estado subiu de 9 para 15. O estado também tem 34 pacientes em UTI em decorrência da Covid-19 e 9.000 possíveis casos de infecção pelo novo coronavírus Sars-CoV-2.
Somando-se às mortes registradas no Rio de Janeiro, o total de óbitos já chega 18 no país.
Segundo Doria, a quarentena começará na próxima terça-feira (24) com o fechamento obrigatório de todo o comércio e serviços não essenciais — lojas, bares, cafés e restaurantes devem fechar as portas.
Ele afirmou que permanecerão funcionando serviços de saúde, alimentação, abastecimento, segurança e limpeza. Na saúde, ficam abertos hospitais, clínicas, farmácias e clínicas odontológicas. Na área de alimentação, supermercados, padarias e açougues.
Permanecem abertos ainda transportadoras, postos de gasolina, oficinas de automóveis e motocicletas, serviços de transporte público, táxis, aplicativos de transporte, call center, lojas de pet shop e bancas de jornais continuam funcionando.
Bancos, serviços bancários, incluindo lotéricas, seguem funcionando.
Restaurantes poderão continuar vendendo no sistema delivery. No caso das padarias, Doria disse que poderão vender os produtos, mas preparar alimentos para servir no balcão.
“Saímos do campo da recomendação para determinação”, disse o governador, ao apontar que o fechamento dos estabelecimentos será obrigatório.
Na quarta-feira, a Justiça de São Paulo determinou a proibição de cultos e missas e ordenou a fiscalização por parte do governo estadual, sob pena de multa e interdição dos locais que permaneçam abertos.
“Nenhuma medida aqui anunciada é restritiva ao trabalho das indústrias. A indústria não tem atendimento público”, disse Doria. O tucano afirmou que o ramo é fundamental para o atendimento no país. Construção civil, telemarketing e bancos podem operar seguindo este mesmo princípio.
A medida vai até 7 de abril, mas pode ser renovada, conforme a necessidade.
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