“E mais dinheiro no bolso dos rentistas”, critica a deputada federal
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirmou que é “sem justificativa” e uma “sabotagem contra o povo” o aumento de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros realizado pelo Banco Central.
“Juros mais baixos representam crescimento econômico. Já a ‘independência’ do Banco Central presidido pelo bolsonarista Roberto Campos Neto é pura subserviência ao mercado financeiro”, criticou a parlamentar.
O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, na quarta-feira (6), elevar para 11,25% a taxa básica de juros, aumentando em 0,5 ponto percentual a taxa anterior de 10,75%.
“O novo aumento da taxa básica de juros, desta vez imorais 0,5%, significa duas coisas: menos R$ 19 bilhões para o governo investir na economia e na sociedade brasileira, e mais dinheiro no bolso dos rentistas. O aumento sem justificativa plausível da taxa é uma sabotagem contra o povo brasileiro”, continuou Jandira.
A reação a mais uma alta da taxa Selic, taxa básica de juros, pelo Copom tem sido gigantesca e provocou a indignação de diversos setores, entre empresários, políticos e trabalhadores.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou uma nota falando que “a elevação na Selic apenas irá trazer prejuízos desnecessários à atividade econômica, com reflexos negativos em termos de criação de emprego e renda para a população”.
A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) avalia que “é essencial considerar cortes na Selic como uma necessidade urgente para estimular o setor produtivo nacional e evitar que a economia brasileira entre em um ciclo de estagnação”.
O presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima, afirmou na quinta-feira (7) que a decisão do Banco Central (BC) de elevar a taxa básica de juros (Selic), de 10,75% para 11,25% ao ano, “dificulta ainda mais a tomada de crédito” pelos pequenos empresários.
“Mais uma vez, o Banco Central prejudica os pequenos negócios com a taxa de juros, que ainda se apresenta como uma das maiores do mundo”, criticou Décio Lima em rede social.
Com a Selic em níveis escorchantes puxando para acima as demais taxa de juros no país, a taxa média nacional de empréstimo ao microempreendedor individual (MEI) está em 44% ao ano, segundo um levantamento feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base em dados do BC.
Já para as microempresas, a média atual de juros encontra-se em 42,49% e, para as empresas de pequeno porte (EPP), gira em torno de 31,54%.
O presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, criticou na quinta-feira (7) o aumento da taxa de juros (Selic) promovido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. “Eles estão cometendo um crime contra o Brasil”, afirmou Cappelli.
“De forma inacreditável o Banco Central ontem subiu mais 0,5 ponto a taxa de juros”. “Mas o que que isso tem a ver com você? É porque a prestação daquilo que você comprou, ou daquilo que você está pensando em comprar no Natal, vai ficar ainda mais caro”, explicou. “O que eles querem é frear a economia. É desestimular a economia. É parar com a criação de empregos”, denuncia Cappelli, em postagem na sua rede social.