Os candidatos apoiados por Jair Bolsonaro em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife, Celso Russomanno (Republicanos-SP), Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) e Delegada Patrícia (Podemos), perderam espaço e pontos na última pesquisa Datafolha.
Os três lideram o índice de rejeição.
Em São Paulo, Celso Russomanno, que começou a disputa eleitoral liderando as pesquisas com 24% das intenções de voto, continua em queda.
Na pesquisa Datafolha divulgada na quarta-feira (11), Russomanno caiu de 16% para 14%.
Sua rejeição é a mais alta entre todos os candidatos: 49%.
Ele tem utilizado imagens de Jair Bolsonaro em seu programa eleitoral na TV e apelado para sua “amizade” com ele para dizer que vai trazer recursos para São Paulo.
Com a queda nas pesquisas, uma ala de sua campanha está fazendo pressão para que Russomanno pare de falar que é apoiado por Jair Bolsonaro.
Atualmente, ele está em situação de empate técnico com Guilherme Boulos (PSOL), que tem 16%, e Márcio França, que tem 12%.
Em primeiro lugar está o atual prefeito Bruno Covas (PSDB) com 32% das intenções de voto.
Para tentar esconder a queda, Celso Russomanno entrou com um pedido na Justiça Eleitoral para que a veiculação da pesquisa fosse censurada. Com pedido ao juiz Marco Antonio Martin Vargas, ele conseguiu adiar em um dia a divulgação dos resultados.
De acordo com a pesquisa, Bruno Covas vence em todos os cenários de segundo turno, mas a maior diferença seria contra Russomanno. Nesse cenário, Covas venceria por 59% contra 25% do candidato bolsonarista.
Contra Guilherme Boulos, Covas venceria de 56% contra 30%. Contra Márcio França, sua vitória seria de 53% contra 34%.
RECIFE
Em Recife, a recente declaração de apoio de Jair Bolsonaro à candidata Delegada Patrícia fez com que ela perdesse espaço para Mendonça Filho (DEM).
Delegada Patrícia vinha crescendo e chegou a ultrapassar Mendonça Filho em algumas pesquisas e aparecia em terceiro lugar. Depois do apoio de Bolsonaro, Mendonça voltou para o terceiro lugar.
Segundo a pesquisa Datafolha divulgada na terça-feira (10), Delegada Patrícia foi de 14% para 15% enquanto Mendonça Filho foi de 16% para 18%.
A rejeição à Delegada Patrícia é de 40%.
Durante uma live em suas redes sociais, Jair Bolsonaro pediu para que seus apoiadores votassem em Patrícia. Na segunda-feira (9), ela participou de uma live com Jair Bolsonaro.
Jair Bolsonaro disse que é preciso “varrer o comunismo e o socialismo do Brasil” e Patrícia concordou dizendo que era o momento de “tirar a esquerda da nossa cidade”.
O Cidadania, partido do candidato a vice na chapa de Delegada Patrícia, Leo Salazar, emitiu uma nota oficial dizendo que iria se afastar da campanha à Prefeitura por causa do apoio de Bolsonaro.
Para o presidente do partido, Roberto Freire, a presença de Bolsonaro na campanha vai contra os ideais de liberdade e democracia defendidos pelo partido e “é, além de tudo, pouco inteligente. Basta ver o que está ocorrendo com os candidatos apoiados e identificados com Bolsonaro”.
A disputa pela prefeitura do Recife é liderada por João Campos (PSB), que tem 29% das intenções de voto. De acordo com a pesquisa, ele vence de Marília Arraes (PT), Mendonça Filho e Delegada Patrícia no segundo turno.
RIO DE JANEIRO
O atual prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, caiu de 15% para 14% das intenções de voto. O ex-prefeito Eduardo Paes cresceu para 34% e abriu 20 pontos de diferença.
A rejeição a Marcelo Crivella é de 62%.
O candidato tem se grudado tanto à imagem de Jair Bolsonaro que a Justiça Eleitoral suspendeu uma propaganda eleitoral porque a presença do presidente é maior do que a permitida pelas leis eleitorais.
Dos 60 segundos que Crivella tem para propaganda eleitoral, 40 segundos eram com imagens de Jair Bolsonaro. A regra é de que a participação de um apoiador só pode chegar a 25% do programa eleitoral.