O governo federal confirmou, nesta quarta-feira (10), o reajuste do salário mínimo para o próximo ano, que passa dos atuais R$ 1.518 para R$ 1.621. O aumento de R$ 103 reflete às novas regras fiscais impostas pelo arcabouço fiscal, aprovadas no final do ano passado.
O reajuste, embora siga valorizando o salário mínimo, que é definido por dois indicadores econômicos – a reposição das perdas inflacionárias medidas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor em 12 meses até novembro (4,4%, segundo o IBGE), e o crescimento do PIB de dois anos antes -, sofreu uma trava devido ao teto de gastos imposto pelo novo arcabouço fiscal.
Embora o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 tenha crescido 3,4%, o aumento real repassado ao trabalhador foi limitado a 2,5%, por conta do novo arcabouço, que restringe o crescimento real das despesas a esse percentual.
De acordo com estimativas do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), embora com a regra de valorização a cada ano, o valor do salário mínimo está muito distante do que é considerado necessário para o sustento digno de uma família brasileira.
Segundo o órgão, para cobrir despesas básicas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o valor do salário mínimo deveria ser R$ 7.067,18 (dados de novembro). Esse montante equivale a 4,66 vezes o valor do piso atual.











