Será a terceira pior taxa de expansão do PIB em 2022, abaixo de 1%
A economia brasileira terá um crescimento este ano de apenas 0,5%, em comparação ao ano de 2021, sendo a terceira pior taxa de expansão real de Produto Interno Bruto (PIB) do mundo, segundo projeções da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgadas na quinta-feira (13).
De acordo com a entidade, entre as mais de 170 economias analisadas, o PIB do Brasil em 2022 só crescerá mais que as de Guiné Equatorial (-0,6%) e Mianmar (-0,8%).
O Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU também apontou que a evolução do PIB brasileiro está bem longe do crescimento médio da economia mundial, estimada para atingir 4% em 2022. Na América Latina, o desenvolvimento econômico médio deve ser de 2,2%.
Segue as previsões do PIB de 2022 entre as maiores economias do mundo:
· Índia: 6,7%
· Arábia Saudita: 6%
· Egito: 5,9%
· China: 5,2%
· Indonésia: 4,9%
· Reino Unido: 4,5%
· Itália: 4,2%
· União Europeia: 3,9%
· Canadá: 3,9%
· Alemanha: 3,9%
· Turquia: 3,7%
· França: 3,6%
· Estados Unidos: 3,5%
· Japão: 3,3%
· Espanha: 3%
· Coreia: 3%
· México: 2,9%
· Nigéria: 2,8%
· Rússia: 2,7%
· África do Sul: 2,3%
· Argentina: 2,2%
· Brasil: 0,5%
Para 2023, o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU prevê que o Brasil continuará entre as piores taxas de crescimento do PIB do mundo. O órgão prevê uma expansão do PIB do Brasil para o ano que vem de 1,9%, contra um aumento da economia mundial de 3,5%.
CEPAL: BRASIL TERÁ O PIOR CRESCIMENTO NA AMÉRICA LATINA
Na quarta-feira (12), a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) apontou que o Brasil deverá ter o menor crescimento da América Latina e Caribe em 2022. Com uma previsão de apenas 0,5% do PIB em 2022, na comparação com o ano anterior (4,7%), o Brasil aparece em último lugar no ranking dos 33 países da região. Entre os países que devem crescer mais em 2022, estão: Guiana, Paraguai e Colômbia na América do Sul, além de Panamá e Honduras na América Central.
No relatório anual “Balanço Preliminar das Economias da América Latina e do Caribe 2021”, a Cepal projetou que a região da América Latina e Caribe desacelerará seu ritmo para este ano, marcando um crescimento médio de 2,1%, bem abaixo dos 6,2% registrados em 2021.
Segundo a secretária-executiva da Comissão Regional das Nações Unidas, “a desaceleração esperada na região em 2022, juntamente com os problemas estruturais de baixo investimento e produtividade, pobreza e desigualdade, requerem que o fortalecimento do crescimento seja um elemento central das políticas, ao mesmo tempo em que são consideradas as pressões inflacionárias e os riscos macrofinanceiros”, disse Bárcena.