Com crise, investimentos seguem em queda

Reprodução Diário do Nordeste

Com uma sequência de 14 trimestres negativos, isto é, de queda do investimento em relação ao trimestre anterior, que ocorreram do 4ª . trimestre de 2013 até o primeiro trimestre de 2017; com os segundo, terceiro e quarto trimestres de 2015 com quedas que derrubaram os investimentos, respectivamente em -8,49%, -3,43% e -4,84%, as variações positivas da Formação Bruta do Capital Fixo (FBCF), registradas pelo Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada (IPEA), em relação ao mês de março e ao primeiro trimestre de 2018, são risíveis.

De acordo com o IPEA, os investimentos tiveram uma variação de +0,8% em março, em relação a fevereiro. Apesar de fevereiro também ter uma variação de +1,9%, ambos os índices mal superaram o índice negativo de 4,1% de janeiro, resultando numa variação trimestral de 0,3%. O índice acumulado de 12 meses, no entanto, manteve-se negativo em 0,1%. Os valores dessas comparações excluem inflação dos períodos analisados.

O indicador de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) mede o nível de investimentos no Brasil. Além do IPEA, o IBGE também calcula esse fator da economia que é composto pelas compras e importações de máquinas e equipamentos mais investimentos na construção civil e investimentos diversos.

O desempenho da economia depende dos investimentos para crescer. Os baixos níveis do indicador ou as pequenas variações expressam a estagnação dos investimentos na economia nacional e revelam a impossibilidade de um crescimento sustentável, contrariando a insistente propaganda enganosa do governo de “recuperação” da economia.

Comemorar os raquíticos resultados positivos com alarde e se referir aos negativos como sinais de recuperação, não vai mudar a realidade dos fatos.

A política econômica hostil ao capital produtivo e aos trabalhadores, ostensivamente assumida e agravada a partir do segundo mandato de Dilma, que Meirelles com Temer só fez dar prosseguimento, é a responsável pelos mais de 13 milhões de trabalhadores amargando o desemprego, pior indicativo da falta de investimentos.

J.AMARO

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