Com a crise econômica e desemprego nas alturas, os saques da caderneta de poupança superaram os depósitos em R$ 708 milhões no mês de fevereiro, segundo dados divulgados pelo Banco Central, nesta terça-feira (6). Nos dois primeiros meses deste ano, as retiradas de recursos da poupança superaram os depósitos em R$ 5,909 bilhões.
No mês passado, os depósitos somaram R$ 158,700 bilhões contra R$ 159,408 bilhões de saques. Fruto da politica de “ajuste” da ex-presidente Dilma/Levy e da manutenção deste mesmo programa econômico por Temer/Meirelles, este é o quarto ano seguido de debandada de recursos da poupança em fevereiro.
A caderneta de poupança reúne atualmente recursos acima de R$ 700 bilhões, gera fundos para construção civil, financiando tanto as construtoras como os compradores dos imóveis, além de investimentos públicos em infraestrutura. Ou seja, é altamente positiva para a economia e a sociedade.
Além da crise e do desemprego, aqueles que conseguem guardar algum dinheiro, acabam não aplicando suas reservas na poupança, por conta do baixo rendimento.
Com a taxa de juros básicos (Selic), hoje em 6,75%, a poupança rende 4,73% ao ano, mais TR, que tem tido variação perto de zero. O baixo rendimento deste título é uma das manobras dos banqueiros, especuladores e outros serviçais do sistema financeiro que ocupam a o governo federal e o Banco central – para empurrar os poupadores a procurarem outros títulos oferecidos pelos bancos.