Após derrotas na Justiça e de resistir a abrir mão da candidatura a presidente, Lula deixou o PT oficializar Haddad como candidato à Presidência da República. A deputada estadual pelo Rio Grande do Sul Manuela D’Ávilla (PCdoB) assumiu o lugar de candidata a vice.
Lula insistia em ser candidato a presidente mesmo sabendo que é inelegível pela lei. Até sacou um parecer de dois dos dezoito membros de um subcomitê da ONU pedindo que ele fosse candidato. Mesmo tal subcomitê ter zero influência sobre as leis brasileiras. De forma quase unânime, os ministros do TSE rejeitaram os argumentos de Lula e consideraram a sua candidatura ilegal.
No dia 2 de agosto, seu registro foi negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por 6 votos a 1, uma vez que ele foi condenado em segunda instância pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o que o põe em situação de “ficha suja”, e, consequentemente, o torna inelegível. O TSE deu 10 dias para o PT mudar a chapa, prazo que se encerrou nesta terça-feira (11). Lula tentou até adiar para o dia 17 a definição da candidatura petista. A ministra Rosa Weber, presidente do TSE, negou. Ou era hoje, ou o PT ficava sem candidato.
Até mesmo depois da decisão que tirou Lula do páreo, o PT afrontou a Justiça e insistiu em lançar inserções de campanha eleitoral na televisão que afirmavam que sua candidatura estava mantida.
Todos os recursos que a coligação PT/PCdoB/PROS impetrou no TSE foram negados, tivessem eles o intuito de manter a candidatura de Lula ou de adiar para o dia 17 a decisão de quem assumiria seu lugar.
Haddad, que foi ministro da Educação de Lula, é réu de uma ação de improbidade administrativa. O ex-prefeito de São Paulo é acusado pelo Ministério Público de São Paulo de envolvimento num esquema de corrupção nas obras de ciclovias que custaram aos cofres da capital paulista R$ 5,2 milhões.
P. B.
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