A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou variação negativa de 0,21% em novembro, de acordo com os números divulgados na sexta-feira (07) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a segunda deflação (inflação negativa) registrada no ano. Em agosto havia ficado em -0,09%.
No acumulado no ano até novembro, o IPCA está em 3,59% e em 12 meses, 4,05%, abaixo da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Quando há deflação, significa que a economia está no fundo do poço. Com o desemprego em massa e o arrocho salarial, o número de compradores de produtos e serviços diminui e os preços caem. E vira uma bola de neve, pois as principais causas pela paralisia da economia, desemprego e arrocho salarial continuam – juros reais siderais e corte dos investimentos públicos.
Cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE apresentaram deflação em novembro, com destaque para transportes (-0,74%), habitação (-0,71%) e saúde e cuidados pessoais (-0,71%).
No grupo dos transportes, a maior queda nos preços em novembro aconteceu nos combustíveis (-2,42%). A gasolina ficou, em média, 3,07% mais barata. Óleo diesel e do etanol tiveram redução de -0,58% e -0,52%, respectivamente.
No grupo habitação (-0,71%), o destaque ficou com o item energia elétrica (-4,04%).
No grupo saúde e cuidados pessoais, os itens de higiene pessoal ficaram, em média, 4,65% mais baratos.
Segundo o IBGE, das 16 regiões pesquisadas somente a de Goiânia teve inflação em novembro, de 0,12%. Em Belém, a variação média dos preços foi zero. Nas 14 demais houve deflação. São Paulo, com peso de 30,67% na composição do indicador nacional, registrou deflação de -0,30%.