Mesmo com a redução do ICMS, prejudicando o financiamento da Educação e Saúde nos Estados e municípios, Jair Bolsonaro fez com que o preço do litro da gasolina pulasse de R$ 4,378, em janeiro de 2019, para R$ 6,809, em julho de 2022, conforme a tabela acima.
Os R$ 2,539 que foram acrescidos ao preço significam uma elevação de mais de 50%.
Em junho, antes de ser aprovada a lei que limita a incidência de ICMS a 17%, o preço do litro da gasolina estava em R$ 7,39 na média nacional, segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP).
No caso do diesel, o litro do combustível custava R$ 3,55 no começo do governo Bolsonaro, mas pulou para R$ 7,489, já com a redução da incidência do ICMS.
Os preços vêm subindo desde que Bolsonaro foi eleito porque o governo aplica uma política que vincula os combustíveis no Brasil a seu preço internacional.
Bolsonaro atacou e continua atacando os governadores por causa do ICMS, responsabilizando-os pelo aumento disparado dos combustíveis.
Contudo, mesmo o ICMS congelado pelos governadores por seis meses, o combustível continuou subindo nesse período.
Também para esconder o problema real, que é a dolarização dos preços, Bolsonaro travou uma guerra no Congresso para que fosse aprovada a lei em junho, limitando a 17% a alíquota sobre gasolina, diesel, energia elétrica e outros insumos considerados essenciais.
Os Estados estão reduzindo os preços conforme a lei aprovada, mas continuam nas alturas, como se vê, e Bolsonaro comemora isso como se a redução de centavos fosse grande coisa. Inclusive editando decreto para que os postos coloquem placas mostrando o preço anterior à redução. Um tiro no pé, pois só mostra sua enrolação eleitoreira, que os preços reduziram muito pouco.
Enquanto não mudar a dolarização nos preços, não adianta.