Lucro do Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil somaram R$ 25,1 bilhões no 3º trimestre
Os lucros do Itaú, Bradesco, do espanhol Santander e do Banco do Brasil somaram R$ 25,1 bilhões no terceiro trimestre (julho, agosto e setembro) de 2023. São os quatro grandes bancos operando no Brasil com ações na Bolsa de Valores.
O Itaú veio à frente com R$ 9 bilhões de resultado, seguido pelo Banco do Brasil com R$ 8,8 bi. O Bradesco ficou com um lucro de R$ 4,6 bi, sendo que o Santander obteve R$ 2,7 bilhões.
A indústria, até setembro, está em queda de -0,2% no ano, e no acumulado em 12 meses, registrou zero de crescimento. O comércio oscilou em torno do zero em 2023. No setor de serviços, agora, os bancos querem cobrar juros do parcelado.
A alta taxa básica de juros da economia, a Selic, continua mantendo o Brasil como campeão mundial de juros reais. Sob sua batuta, os juros altos seguem sufocando a indústria, o comércio, o setor de serviços.
Em doze meses até agosto, a União, estados e municípios transferiram R$ 689,4 bilhões para pagamento de juros a bancos. São 113,8 bilhões, quase 20%, a mais, com as despesas de juros no mesmo período do ano passado, ou R$ 575,6 bilhões. São recursos que deixam de ser investidos em saúde, educação, obras de infraestrutura, segurança pública, entre outros bens e serviços ao cidadão.
Juros que vão se somar aos exóticos lucros dos bancos, aos ganhos do rentismo e demais especuladores da dívida pública que impedem os urgentes investimentos públicos.
Do Banco do Brasil, como o banco estatal entre os quatro em foco, espera-se uma postura diferente para o futuro. É desejável que seus lucros sejam festejados por criar linhas de financiamento a juros compatíveis com taxas de retorno de boas empresas, de empresas que podem melhorar, de bons projetos, porque é imperativo crescer. Juntar-se ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) nesse desafio, que é imenso.
Os resultados, conforme analistas, trouxeram um aumento de empréstimos durante o terceiro trimestre, que somaram nos saldos das carteiras de crédito, os lucros aumentaram com mais força em razão da diminuição das Provisões para Devedores Duvidosos (PDD) com a queda da inadimplência. O pior já passou para os grandes bancos, avaliam.