Ele convocou um dia de jejum. O povo brasileiro desassistido e abandonado já passa fome há muito tempo. Só o capitão cloroquina não vê
Jair Bolsonaro convocou os brasileiros para um dia de jejum nesta segunda-feira (29). Ele devia saber que, com o atraso por parte de seu governo na liberação da ajuda emergencial, bem como o valor pífio definido por ele, o povo já está fazendo jejum há muito tempo. Só o capitão cloroquina não percebe, ou finge não perceber que a população está passando fome, enquanto ele e Paulo Guedes desviam dinheiro para os rentistas e especuladores.
Ele reduziu a ajuda que foi aprovada pelo Congresso Nacional no ano passado de R$ 600 para um valor que vai de R$ 150 a no máximo R$ 375. Dos que terão direito, a grande maioria vai receber apenas R$ 150. Ou seja, cada família vai receber entre R$ 5 e R$ 11 por dia. É com essa miséria que Bolsonaro quer que os brasileiros que precisam se defender do coronavírus sobrevivam. Não dá nem para comprar pão para todos, quanto mais garantir o almoço. Se alguém da casa pegar um ônibus em São Paulo, com esse dinheiro, para procurar emprego, por exemplo, não dá nem para pagar a passagem de volta para casa. Vai ter que voltar a pé.
É isso o que Bolsonaro está propiciando para os brasileiros mais pobres. Outra mentira dita por ele. Disse que está estar “lutando com todas as forças” contra o coronavírus. Na verdade, ele luta a favor do coronavírus. Defende mais aglomerações e sabota a compra das vacinas. É um espalha-vírus. Diz que não tem vacina e manda seu funcionário da Anvisa segurar a aprovação da Sputnik V, uma vacina que já está sendo usada em mais de 40 países, inclusive a Argentina.
Em abril do ano passado, Bolsonaro já havia feito este mesmo pedido durante entrevista à Rádio Jovem Pan, convocando seus apoiadores a um dia de jejum na luta contra a Covid-19. Na época, o Brasil havia tido pouco mais de 200 mortes pelo vírus. Agora já são mais de 300 mil mortos e ele não compra as vacinas. Dias depois, dezenas de seguidores do presidente foram ao Palácio da Alvorada, em Brasília, para uma oração coletiva. As aglomerações estimuladas por Bolsonaro ajudaram a espalhar o vírus.