Parte do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) será distribuído às contas dos trabalhadores em 31 de agosto.
O valor, no momento em que os trabalhadores mais precisam, em plena pandemia do coronavírus, será menor do que o repassado no ano passado. Isso por que, no início do ano, o governo Bolsonaro vetou o dispositivo da MP do próprio governo que ampliou a distribuição do lucro e rentabilidade na lei dos saques do FGTS, para 100%. Com isso, ficou valendo a distribuição de “parte do lucro”.
Em meio à crise econômica vivida pela população, o esperado é que essa medida tivesse sido modificada, e que o repasse aos trabalhadores voltasse a ser de 100%.
Na terça-feira (11), o Conselho Curador do FGTS aprovou a distribuição de R$ 7,5 bilhões para serem distribuídos aos trabalhadores, o que representa 66,2% do lucro obtido em 2019, que foi de 11,3 bilhões.
Em 2019, valendo a regra de distribuição de 100%, o governo distribuiu aos trabalhadores R$ 12,2 bilhões, que foi o lucro registrado em 2018.
O pagamento será proporcional ao saldo das contas em 31 de dezembro do ano passado. A Caixa Econômica Federal informou que o crédito será distribuído a cerca de 167 milhões de contas, com valor médio de R$ 45,00 por trabalhador.
Segundo o Ministério da Economia, o valor foi definido para preservar parte do resultado como uma reserva para eventuais necessidades de distribuição de recursos do FGTS no futuro.
“Esse valor mantém uma rentabilidade interessante e mantém a estabilidade do fundo”, disse o diretor do Departamento de Gestão de Fundos do Ministério da Economia, Gustavo Alves Tillmann.
A distribuição do lucro líquido do Fundo de Garantia do ano anterior foi iniciada em 2017, na gestão do presidente Michel Temer. Quando foi criada, o percentual fixado era de 50%. Após o veto do presidente Bolsonaro aos 100%, o que ficou determinado na lei é que a liberação será de “parte do resultado positivo auferido”.