O ex-comandante de Operações da Polícia Militar Jorge Eduardo Naime é investigado por retardar a ação da PM e, segundo o jornal Metrópole, tentou fugir com os filhos após os atos terroristas
Notícia veiculada neste sábado (28) por Guilherme Amado, colunista do Metrópole, confirma as suspeitas de que a atuação inicial das tropas da Polícia Militar de Brasília nos acontecimentos do dia 8 de janeiro esteve sob um comando inadequado.
Tanto isso é verdade, que assim que houve a intervenção federal na Segurança Pública do DF, a ação da PM contra os terroristas foi rápida e eficaz.
O jornalista informa que a Polícia Civil do Distrito Federal já investiga se o ex-comandante de Operações da Polícia Militar Jorge Eduardo Naime tentou fugir com os filhos por medo de ser preso após os atos terroristas. Naime foi exonerado do cargo que ocupava dias após os atos golpistas. Ele nega as acusações.
O ex-comandante de operações, segundo consta em um registro de ocorrência feito por sua ex-mulher e obtido pelo Metrópole, planejava fugir para a Bahia com sua atual esposa e os filhos do primeiro casamento. A corregedoria da PM já investiga a informação de que Naime teria retardado a atuação da PM no dia dos ataques com o propósito de deixar os terroristas fugirem.
O registro foi feito no dia 9 de janeiro, dia seguinte aos ataques, por Tatiana Lima Beust, ex-mulher de Naime. Segundo o relato dela à PCDF, naquela segunda-feira (9/1), um dos dois filhos do casal telefonou para a mãe e disse que Naime planejava viajar às pressas para a Bahia. A criança, de 8 anos, contou também que a madrasta, Mariana Fiuza, teria ameaçado bater neles “de cinto” caso contassem para alguém sobre a fuga.
Após o telefonema do filho, Tatiana, segundo o B.O., foi até a casa onde Naime e sua esposa moram para buscar os filhos, que passavam as férias com o pai. No local, ao informar que queria levar as crianças para casa, Tatiana relatou ter sido agredida pela atual companheira de Naime com uma barra de ferro. O exame de corpo de delito foi juntado nas investigações. Amparada pelo boletim de ocorrência, Tatiana aguarda a Justiça do DF emitir uma medida protetiva contra Naime e sua atual esposa, impedindo-os de contato com ela e os filhos.