Opção pelo silêncio já havia sido tomada. Agora, o general Paiva quer evitar comemorações
Reportagem da Folha de S. Paulo desta sexta-feira (31) afirma que o comandante do Exército, general Tomás Paiva, informou a interlocutores que vai punir oficiais da tropa que comemorarem o aniversário do golpe militar de 1964.
A preocupação da cúpula do Exército, segundo a reportagem, é com as manifestações que estão sendo convocadas pelas entidades de reservistas como o Clube Militar do Rio de Janeiro, que promoverá um almoço para celebrar o golpe.
A decisão de que os militares não iriam se posicionar publicamente sobre a data já havia sido tomada em comum acordo entre o comandante do Exército e o Ministro da Defesa, José Múcio. Por outro lado, ministérios da área civil também optaram pelo silêncio nesta data.
O golpe de Estado no Brasil em 1964 resultou na deposição do presidente brasileiro João Goulart, eleito democraticamente, pela ação militar de 31 de março a 1.º de abril de 1964. A partir desta data, se implantou um regime repressivo que implementou uma política econômica totalmente submissa aos interesses dos Estados Unidos. A ditadura durou de 1964 até 1985.