“Combate ao crime precisa de mais inteligência e menos sangue”, diz governo Lula

Familiares na Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro, para onde dezenas de corpos foram levados (Foto: Tomaz Silva - Agência Brasil)

Executivo federal lançou uma campanha pela PEC da Segurança Pública, que constitucionaliza os fundos e integra as forças de segurança

O governo Lula lançou uma campanha pela PEC da Segurança Pública, que constitucionaliza os fundos e integra as forças de segurança, e afirmou que “o combate ao crime, para funcionar, precisa de mais inteligência e menos sangue”.

A peça publicitária diz que o crime organizado “destrói famílias, oprime moradores e espalha drogas e violência pela cidade”, e “é isso que explica a operação no Rio”, que levou à morte mais de 120 pessoas nos complexos da Penha e do Alemão.

“Só que operações como essa também colocam policiais, crianças e famílias inocentes em risco. E matar 120 pessoas não adianta nada no combate ao crime, porque mesmo se fossem todos bandidos, amanhã tem outros 120 fazendo o trabalho”.

“Para combater o crime, precisa mirar na cabeça – mas não de pessoas. Tem que atacar o cérebro e o coração dos grupos criminosos, como o governo do Brasil fez em agosto, desmontando o esquema que ia da venda de drogas ao maior centro financeiro do país”, continua o vídeo.

O governo federal defende a aprovação da PEC da Segurança Pública, que é “uma proposta de integrar as polícias para combater o crime. Porque se o crime é organizado, a resposta também tem que ser”. Um dos pontos da Proposta de Emenda à Constituição é a consolidação do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP).

“Se o crime é nacional, espalhado pelo país, a gente só vai vencer essa guerra com as polícias do Brasil inteiro atuando juntas”, completa o governo.

O relator da PEC na Câmara, deputado Mendonça Filho (União-PE), defendeu que a tramitação da proposta seja rápida. “Minha intenção é que a PEC avance com rapidez, porque o país não pode esperar diante da força crescente do crime”, disse. A PEC está no Congresso Nacional desde abril.

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