
Segundo pesquisa Atlas Intel, 74% dos entrevistados acreditam que a falta de regulamentação de redes sociais contribuiu para os recentes ataques em escolas no país
Pesquisa do Instituto Atlas/Intel aponta que 77,9% dos brasileiros são a favor da regulação das redes sociais. O levantamento foi divulgado nesta terça-feira (25), às vésperas da divulgação do relatório do PL 2.630, o chamado Projeto de Lei das Fake News.
De acordo com o levantamento, 13,8% dos entrevistados são contra a regulação, enquanto 8% não sabem opinar sobre o assunto.
Com 1.600 entrevistados, entre os dias 15 e 17 de abril, a pesquisa questionou se “Você acha que deveria haver uma lei que estabeleça regras claras para como as redes sociais devem funcionar no país?”. 77,9% responderam que sim e 13,8% disseram não à regulação; outros 8,3% não têm opinião formada sobre o assunto.
O assunto ganhou destaque nas últimas semanas após a onda de ataques contra escolas e que desencadeou uma série de ameaças nas redes sociais. Nesta semana, a Câmara dos Deputados pode votar a urgência e o mérito do projeto que trata do combate às fake news e regulamenta as redes sociais. O texto tramita na Câmara desde 2020
Se aprovada, a lei criará regras para o controle de conteúdo nas plataformas digitais, discutirá a transparência das redes e desenvolverá mecanismos de investigação para troca de mensagens criptografadas.
A maioria dos entrevistados (71,2%) disseram que os donos das grandes empresas de redes sociais como Instagram, Facebook, TikTok ou Twitter não se importam com seu bem estar; 15,8% acham que eles se preocupam pouco e 4,6% que se preocupam muito; 8,4% não souberam responder.
VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS
A pesquisa aponta ainda um fato importante: 74% dos entrevistados acreditam que a falta de regulamentação de redes sociais contribuiu para os recentes ataques em escolas no país. 55,3% disseram que contribuíram; 19,1% que provavelmente contribuíram; 18,7% acham que não contribuíram; outros 6,9% não sabem.
Os entrevistados acreditam que as redes sociais, como são hoje, sem leis específicas que as regulem, contribuíram para as ações violentas.
Além disso, 94% da população acredita que as redes sociais são ambientes inseguros para crianças e adolescentes.