“Nós estamos falando potencialmente de quase 60 mil mortes a mais”, acrescenta Alessandro Vieira (Cidadania-SE)
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) afirmou que o plano de vacinação contra a Covi-19 anunciado pelo governo é um crime contra a população brasileira.
Ele fez críticas ao cronograma de imunização anunciado pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
“No momento em que se escolhe deliberadamente iniciar o processo de vacinação apenas em março, nós estamos falando potencialmente de quase 60 mil mortes a mais, considerados os números que nós temos hoje de mortes diárias”, disse Vieira. “É uma escolha política que mata as pessoas”.
Segundo senador, uma data tão distante para começar a vacinar é um absurdo.
Para o senador sergipano, marcar o início da vacinação para data tão distante é inaceitável. “Isso seguramente resvala no limite do crime de responsabilidade, pra não falar do crime comum”, disse.
“Infelizmente, se percebe com clareza cristalina que as escolhas políticas do governo são negativas para a saúde dos brasileiros”, advertiu.
“Isso é altamente reprovável, e digo mais: terá certamente consequências para o cidadão que sofre e para os políticos que irresponsavelmente escolhem politizar uma vacina e não atender bem ao cidadão”.
Na quinta-feira (3), o plenário do Senado aprovou o projeto de lei que determina que o Sistema Único de Saúde (SUS) tem que ser priorizado na aquisição e distribuição de vacinas contra a Covid-19 até que a meta de cobertura nacional da imunização seja alcançada. O PL 4.023/2020 é de autoria do senador Alessandro Vieira e seguiu para a apreciação na Câmara dos Deputados.
O texto originalmente trazia critérios demográficos, epidemiológicos e sanitários para a distribuição das vacinas entre os estados e municípios (como tamanho da população, número de casos, percentual de grupos vulneráveis, taxas de hospitalizações e capacidade da rede hospitalar).
Eles foram retirados pelo relator, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), que considerou que cabe ao Executivo regulamentar as diretrizes do programa de vacinação. A prioridade para o SUS foi acrescentada pelo relator, que atendeu a emendas de vários senadores para determinar que a vacina seja gratuita e alcance toda a população.
“APROVADO nosso PL 4023/2020! A vacina é nossa esperança. O projeto não obriga ninguém a se vacinar, mas garante a distribuição para todos os estados e o acesso gratuito a todos que quiserem a vacina. Salvar vidas e acelerar a recuperação econômica são os objetivos do PL”, comemorou o senador pelo Twitter.
“Vamos conseguir garantir vacina gratuita, efetiva e funcional para aqueles brasileiros que desejarem se vacinar. É muito importante [afirmar isso] neste momento de desinformação, de campanhas de fake news. O projeto de lei não torna a vacina obrigatória para nenhum cidadão. Torna apenas garantida a sua disponibilidade para aqueles que a desejarem”.
Com informações da Agência Senado