As relações comerciais entre China e Rússia apresentaram um crescimento de 27,2% no primeiro semestre do ano, em comparação com o mesmo período de 2021, atingindo US$ 80,6 bilhões.
O principal fator foi o aumento das exportações da Rússia para a China, que chegaram a US$ 51 bilhões em bens e serviços. Esse número representa um crescimento de 48,2% em relação aos primeiros seis meses do ano passado.
No mês de maio, as exportações de petróleo da Rússia para a China subiram 25%, se aproximando de 8,5 milhões de toneladas de petróleo, o que significa 1,98 milhão de barris por dia. Ao abrir novos mercados e expandir os já em operação, a Rússia tem conseguido superar os obstáculos causados pelas sanções puxadas pela Casa Branca, sob pretexto da crise que os EUA/Otan provocaram na Ucrânia.
Com isso, a Rússia passou a ser o maior fornecedor de petróleo da China.
Já as exportações chinesas para a Rússia, no primeiro semestre deste ano, cresceram 2,1%, passando a US$ 29,55 bilhões. Os dados são da Administração Geral das Alfândegas da China (GACC).
No recente Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, o presidente Vladimir Putin ressaltou que é “interessante e benéfico” para a Rússia cooperar com a China, especialmente porque os países estabeleceram “uma relação de confiança muito estável em termos políticos”.
A meta estabelecida pelo governo russo é atingir US$ 250 bilhões em relações comerciais até o final do ano, o que seria um crescimento próximo a 70% em relação ao que foi comercializado em 2021.
No começo de julho, o Consulado Geral da Rússia em Harbin, na China, informou que oito regiões russas e chinesas demonstraram disposição para ampliar as relações comerciais e produtivas.
No encontro, “documentos comerciais foram assinados entre 48 empresas da Rússia e da China, enquanto cerca de 200 empresas manifestaram a intenção de manter a comunicação nas negociações entre empresas”.
CHINA: CONTENÇÃO DA PANDEMIA E DESENVOLVIMENTO
Segundo o órgão chinês, no mês de maio a China conseguiu coordenar “de forma eficiente a contenção da pandemia, garantindo a manutenção do desenvolvimento socioeconômico”. Países como os Estados Unidos, cujo desgoverno na área da saúde teve como consequência mais de um milhão de pessoas mortas por Covid-19, se arvoraram em criticar a ‘rigidez’ das políticas tomadas pela China contra o coronavírus, apesar do sucesso destas.
Ao todo, o volume comercializado pela China ao redor do mundo cresceu 10,3% no primeiro semestre, chegando a US$ 3,079 trilhões. Suas exportações subiram 14,2%., chegando agora a US$ 1,732 trilhão, e as importações subiram 5,7%, passando a US$ 1,347 trilhão.
As relações comerciais cresceram 16,6% com a África, 14,9% com a América Latina e 16,5% com a Índia.
No caso dos EUA, mesmo com medidas de Washington de bloqueio no setor de tecnologia, a China conseguiu aumentar em 15,8% o total exportado, em um total de US$ 292,65 bilhões, enquanto suas importações subiram 3,6%, totalizando US$ 91,28 bilhões em seis meses. O total comercializado com os Estados Unidos subiu 12,7%.
O ocidente que aprenda com a China que em vez de dirigentes arrogantes tem dirigentes lúcidos e competentes.