O empresário Flávio Rocha, dono da Riachuelo e dirigente do Grupo Guararapes, teve sua pré-candidatura à presidência da República lançada, na terça-feira (27), pelo PRB. O anúncio ocorre em ato no Salão Verde da Câmara dos Deputados. No evento, ele disse que a candidatura é para defender o indivíduo e a livre iniciativa.
Ao discursar, ele falou sobre o perfil de sua candidatura: “É um contraponto perfeito ao ciclo que queremos superar, marcado por excessivo intervencionismo estatal, um agigantamento do estado e um distanciamento do propósito de servir do Estado”.
Ligado ao MBL, Rocha também encabeça um movimento chamado “Brasil 200”, que prega uma agenda neoliberal para o país. “Sou um liberal convicto, acredito na força do indivíduo, da livre iniciativa, sou um reformista, sou um ‘privativista’, acho que o estado deve se circunscrever às suas tarefas essenciais”, afirmou.
No início de 2016, o grupo Riachuelo foi condenado por praticar trabalho escravo. Uma costureira que trabalhava para o grupo relatou uma série de abusos físicos e psicológicos. As funcionárias não bebiam água e quase não faziam necessidades fisiológicas por conta das limitações de trabalho impostas.
A ex-funcionária desenvolveu Síndrome do Túnel do Carpo, que provoca dores e inchaços nos braços. A ação aponta que a trabalhadora teve a sua capacidade laboral diminuída devido ao ritmo de trabalho exaustivo demandado em fábrica onde são confeccionadas peças de roupa vendidas pelas lojas da Riachuelo.
Se foi condenado por trabalho escravo, corremos o risco de termos a Lei Áurea anulada.
Realmente, leitora. A sorte é que ele não vai ser eleito.
Típico liberal. Zero surpresas.