A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) defendeu a importância da unicidade sindical nas relações trabalhistas, em reunião na última quinta-feira (12), no Rio de Janeiro. “Do jeito que está, a proposta simplesmente desmonta o sistema confederativo”, disse Ivo Dall’Acqua Júnior, diretor da CNC.
A pauta veio à tona com a criação do Grupo de Altos Estudos do Trabalho (Gaet) pelo chefe da Secretaria Especial da Previdência Social do governo Bolsonaro, Roberto Marinho, que tem por objetivo a implementação da “carteira verde e amarela”, precarizando ainda mais às relações de trabalho, e o fim da unicidade sindical como forma de desarticular o movimento sindical, principal expoente na resistência contra essa tentativa de precarização.
O assunto foi debatido e gerou forte consenso entre os membros da Confederação que advertem que, apesar de existir em alguns lugares do mundo, o pluralismo sindical que querem implantar aqui tem como objetivo a barbárie e não a melhoria das relações entre patrão e empregado.
“Imaginem o dono de uma empresa, seja indústria ou comércio, tendo que negociar com vários sindicatos, alguns até da mesma categoria. Seria uma torre de babel”, completou.
Para a entidade, a proposta de adoção da pluralidade sindical, tal como está sendo apresentada e discutida, representaria o fim do sistema confederativo e deve ser firmemente contestada pelas entidades sindicais empresariais.