O Congresso Nacional aprovou na noite de quarta-feira (13) o orçamento federal R$ 3,5 trilhões para o ano que vem. A proposta aprovada se enquadra no teto que limita os gastos e os investimentos públicos e prevê um déficit de R$ 159 bilhões em 2018. Apesar de impôr várias restrições, agravando de forma dramática a grave situação social do país, os parlamentares não tiveram dúvidas em destinar R$ 1,7 bilhão, de dinheiro público, para financiar os seus gastos eleitorais.
E o mais escandaloso é que cerca de 70% desses recursos, que foram desviados das emendas de bancada – aquelas que normalmente destinam recursos para a construção de escolas, hospitais, etc – para financiar os partidos envolvidos até o pescoço nos escândalos de corrupção, de favorecimento de empreiteiras e de recebimento de propinas em troca de superfaturamentos em empresas públicas como a Petrobrás, o BNDES, a Caixa Econômica Federal e outras. PT, PMDB e PSDB são os partidos que mais se beneficiarão com o tal Fundo Eleitoral, que nada mais é do que mais um despudorado assalto aos cofres públicos.
Na mesma noite em que eles aprovaram esse desvio de verba pública para os caixas dos partidos corruptos e os cortes em diversas despesas sociais, eles votaram, em menos de meia hora, a proposta de isenção de impostos para as multinacionais do petróleo que chegará a R$ 1 trilhão. O Senado havia reduzido o tempo de vigência da medida, mas a Câmara votou em tempo recorde e restabeleceu os vinte anos de vigência das benesses (veja matéria nesta edição).
SALÁRIO MÍNIMO
Além de todos esses absurdos, o Congresso Nacional mais apodrecido da história do Brasil, confirmou na previsão orçamentária a redução do salário mínimo proposta por Temer de R$ 969,00 para R$ 965,00.