Congresso derruba veto e mantém a previsão de R$ 5,7 bi para o fundão

Sessão do Congresso Nacional para apreciar vetos. Foto: Marina Ramos - Cãmara dos Deputados

O Congresso derrubou, nesta sexta-feira (17), o veto presidencial a um trecho da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), mantendo a previsão de R$ 5,7 bilhões em recursos públicos para o fundo eleitoral em 2022.

Na Câmara, foram 317 votos a favor da derrubada e 146 contra. No Senado, foram 53 votos pela derrubada e 21 pela manutenção do veto.

Com a decisão, o trecho da LDO será promulgado e entrará em vigor.

Apesar da derrubada do veto, ainda não está definido qual o valor do fundo eleitoral para 2022, pois cabe ao relator-geral do Orçamento quantificar o valor da verba. A votação da peça orçamentária ainda não aconteceu e está prevista para a próxima semana.

O recurso pode ser menor assim o relator-geral definir, apesar da autorização para usar os R$ 5,7 bilhões.

Os deputados e senadores aumentaram em julho o valor do chamado fundão para R$ 5,7 bilhões para 2022. Nas eleições de 2018 e 2020, valor foi de R$ 2 bilhões.

Por causa da repercussão negativa, Bolsonaro vetou este trecho da LDO alegando que o valor “contrariava” o “interesse público”.  

No entanto, os líderes do governo, tanto na Câmara quanto no Senado, inclusive os filhos de Bolsonaro, aceitaram o valor quando da votação do tema no Congresso.

Quando o assunto se tornou público, os governistas buscaram se explicar e jogar a responsabilidade sobre os outros. Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) fez até um vídeo tentando hipocritamente se explicar.

Tanto Eduardo quanto Jair Bolsonaro tentaram jogar a culpa no vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), que conduziu a votação.

Marcelo Ramos imediatamente os desmentiu, enfatizando que a votação foi feita sem que nenhum líder do governo protestasse. Estava tudo arranjado pela base governista para aprovar o novo fundão, enquanto Bolsonaro fazia jogo de cena contra os valores previstos para o Fundo.

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