O Conselho da Paz cancelou a marcha de tochas, que realiza tradicionalmente pelas ruas de Oslo no dia da entrega do Nobel da Paz, devido ao histórico de crimes contra a democracia venezuelana cometidos por Corina Machado, premiada este ano com apoio de Trump e apaniguados
Métodos criminosos da golpista venezuelana Corina Machado levaram o Conselho da Paz da Noruega a cancelar a tradicional procissão de tochas pelo centro de Oslo neste ano, como costuma realizar no dia da cerimônia de premiação do Prêmio Nobel da Paz.
A decisão, segundo o comunicado divulgado à imprensa, não afeta a condição da notória golpista como ganhadora do prêmio, que foi oficialmente concedido pelo Comitê Norueguês do Nobel, órgão independente responsável pela escolha dos laureados.
A entidade defensora da paz, que representa 17 organizações norueguesas e quase 15.000 ativistas, assinalou que tomou a decisão porque seus membros “não acham que o vencedor deste ano esteja alinhado com os valores fundamentais do Conselho Norueguês de Paz ou de nossos membros”.
“Esta é uma decisão difícil, mas necessária. Temos grande respeito pelo Comitê Nobel e pelo Prêmio Nobel da Paz como instituição, mas, como organização, devemos permanecer fiéis aos nossos princípios e ao movimento pela paz mais amplo que representamos. Estamos ansiosos para celebrar o prêmio novamente nos próximos anos”, afirmou sua presidente, Eline H. Lorentzen, em um comunicado.
NOBEL DA PAZ PASSA POR CIMA DE HISTÓRICO CRIMINOSO DE CORINA
Indicada pelo secretário de Estado de Donald Trump, Marco Rubio, e por vários membros do Partido Republicano dos EUA, Maria Corina recebeu o Prêmio Nobel da Paz, porém alguns de seus métodos não estão alinhados com nossos princípios e valores ou com os de nossas organizações-membro, como a promoção do diálogo e de métodos não violentos”, como denunciou Lorentzen ao jornal norueguês VG sobre a vencedora do Prêmio Nobel, referindo-se a suas atitudes anti-democráticas como várias tentativas de golpe na Venezuela, como o de 2002 contra o então presidente Hugo Chávez; a tentativa de deposição do presidente Nicolás Maduro, em 2019, ao lado do autonomeado presidente, Juan Guaidó; além dos protestos violentos e ações visando deslegitimar as eleições de julho de 2024 na Venezuela.
A chamada procissão de tochas pelo centro de Oslo até o hotel onde o vencedor está hospedado é um dos destaques do programa do Prêmio Nobel da Paz, embora não seja organizada pelo Instituto Nobel Norueguês.
Suas origens remontam a 1954 e são tradicionalmente organizadas pelo Conselho Norueguês para a Paz, um dos órgãos mais importantes para o trabalho pela paz neste país nórdico, embora não é a primeira vez que o Conselho cancela a procissão como forma de protesto ao vencedor do Nobel da Paz.
Em 2012, a União Europeia foi premiada por “ao longo de seis décadas contribuir para o avanço da paz e da reconciliação, da democracia e dos direitos humanos na Europa”. O grupo norueguês e outras organizações ignoraram a celebração naquele ano, criticando o bloco europeu por manter um grande exército, enquanto sua população sofria com uma recessão econômica no período.











