Aprovada por unanimidade, a resolução pede um pede o “fim geral e imediato das hostilidades” em todos os conflitos que estão na agenda do Conselho de Segurança e exorta as partes a promoverem uma trégua humanitária de pelo menos 90 dias.
Guterres havia apresentado a proposta no dia 23 de março, mas a questão ficou em suspenso devido à oposição dos EUA à referência feita ao fortalecimento da Organização Mundial da Saúde (OMS), acusada pelo governo Trump de conivência com a China na propagação da doença.
Fórmula encontrada pela Casa Branca como desculpa para a incúria e obscurantismo do governo Trump no enfrentamento da pandemia, que levou o país mais rico do mundo a ser recordista mundial em total de infectados e de mortos. Trump também rompeu com a OMS (como já fizera com o Tratado do Clima, o Tratado INF de Proibição de Mísseis Nucleares Intermediários INF e o Tratado Nuclear a Seis Partes com o Irã) e insiste em chamar o patógeno da Covid-19 de “vírus chinês”.
A China defendia a manutenção da conclamação pelo fortalecimento da OMS. O impasse durou três meses, até se chegar a uma solução de compromisso: retirada da referência explícita à OMS, substituída por menção à deliberação sobre a OMS aprovada pela Assembleia Geral da ONU.
O texto deixa claro que a trégua não se aplica às operações militares contra grupos considerados terroristas pelo Conselho de Segurança, como o Estado Islâmico, a Al Qaeda e a Frente al Nusra, antigo nome de fantasia da Al Qaeda na Síria.
A resolução do Conselho de Segurança da ONU também enfatiza a importância da solidariedade em meio à pandemia e expressa a determinação de apoiar as nações mais necessitadas durante a atual crise.
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