
Já condenado em primeira instância por improbidade administrativa, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, teve o pedido de arquivamento de um inquérito civil contra ele negado, em decisão unânime, pelo Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo. A decisão ocorreu na terça-feira (29).
O ministro foi condenado em dezembro do ano passado num processo sobre a alteração de mapas da várzea do Rio Tietê, que beneficiou uma empresa mineradora. Na época, Salles era secretário do Meio Ambiente na gestão de Geraldo Alckmin (PSDB). Ele e outros condenados estão apelando com recurso na segunda instância.
O arquivamento foi proposto pelo promotor do Patrimônio Público, Silvio Marques. Ele alegou não ter conseguido reunir provas para incriminar um outro grupo de empresas, que também seriam favorecidas pelas alterações nos mapas. No pedido, diz ainda que já processou Salles e obteve a condenação em primeira instância.
No entanto, o procurador e conselheiro Augusto Rossini, relator do pedido, considerou que o caso deve voltar à promotoria do Patrimônio Público. Um novo promotor deve ser designado para continuar as investigações.
O voto dele foi pela rejeição do arquivamento, a fim de continuar a apuração de quem foram todos os beneficiados com a alteração do Zoneamento que estava sendo proposto para a APA da Várzea do Rio Tietê.
No último sábado (26), o MP pediu à Justiça que Ricardo Salles seja afastado do Ministério do Meio Ambiente devido à condenação.