O consórcio Allegra, que assumiu o Pacaembu após a privatização, danificou o acervo do Museu do Futebol que funciona nas estruturas do estádio. O museu que recebe milhares de pessoas do país e do mundo, não têm previsão de abertura. As informações são do portal Uol.
Os problemas ocorrem desde junho de 2023. A empresa e a Prefeitura de São Paulo foram notificadas, mas não realizaram qualquer tipo de mudança. O laudo aponta danos e falta de fiscalização. Entre alguns dos problemas registrados em laudo técnico seguido de notificação extrajudicial recebida pela empresa e pelo poder público são:
- Danos na biblioteca e na midiateca do Centro de Referência do Futebol Brasileiro (CRFB), causados por vazamentos e infiltrações;
- Quebra da tela de projeção, comprometendo a experiência do museu;
- Trabalhadores operando sem proteção adequada;
- Queda de objetos na marquise, colocando em risco a segurança dos visitantes;
- Corte da linha telefônica e da internet, afetando as comunicações;
- Danos à pintura do piso recém-reformado;
- Danos ao elevador, causando prejuízos significativos.
- Inundação do setor administrativo e da área expositiva do museu, causada por vazamento em janeiro deste ano.
Todas as informações estão no sistema da Prefeitura, que tem conhecimento desses fatos. O acesso ao processo é público. “A gestão de Ricardo Nunes (MDB), que deveria fiscalizar a obra e a concessão, fecha os olhos para tanta irregularidade. A situação só piora, com a transformação da praça em canteiro de obras, o que dificulta o acesso ao museu”, afirma o professor da Universidade de São Paulo (USP) Nabil Bonduki.
“É impressionante a falta de profissionalismo da obra realizada pela Allegra Pacaembu. Além de ocupar irregularmente a Praça Charles Miller, de forma desordenada e sem segurança, a concessionária está causando sérios danos ao acervo, aos visitantes, aos funcionários e à estrutura do Museu do Futebol, localizado sob a arquibancada do estádio do Pacaembu”, criticou Bonduki.