
Tramar com país estrangeiro, que é o que ele está fazendo contra o Brasil, levaria o sacripanta para o corredor da morte nos EUA. Aqui a pena pela traição pode chegar a 16 anos de cadeia
O filho de Jair Bolsonaro, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, vem trabalhando freneticamente dento dos Estados Unidos contra o Brasil. Ele passou três meses instigando grupos de extrema direita aboletados na Casa Branca para que o governo americano impusesse sanções econômicas contra o Brasil. Quando Trump mandou a vergonhosa carta ao governo brasileiro chantageando o país, ele comemorou publicamente a decisão.
O Brasil está sob uma grave ameaça de uma sobretaxa unilateral e criminosa de 50% imposta sobre todos os produtos brasileiros vendidos no mercado americano. A chantagem feita por Donald Trump contra o Brasil e que, se consumada, ameaça retirar o emprego de milhares de trabalhadores no país, foi festejada pelo filho “03” de Jair Bolsonaro como fruto de seu “trabalho” dentro dos EUA. Ou seja, ele confessou, em vídeo, que está conspirando e que a sabotagem de Trump contra a economia do país é fruto de seu esforço.
O colunista Paulo Capelli, do site brasiliense, Metrópoles, lembrou em artigo desta terça-feira (29), que crime semelhante, se ocorresse nos Estados Unidos, teria pena de morte. “Enquanto no Brasil o artigo 359-I do Código Penal prevê uma pena de 3 a 12 anos de prisão para o crime de atentado à soberania nacional, o artigo 18 do Código dos EUA, em seu parágrafo 2381, estabelece pena de morte ou no mínimo 5 anos de prisão para atos de traição”, lembrou o colunista.
Então, se Eduardo Bolsonaro fosse americano – como ele gostaria muito de ser – e negociasse com governos estrangeiros para prejudicar o “seu” país, como ele está fazendo contra o Brasil, ele seria condenado à morte por traição.
A Procuradoria-geral da República (PGR) já está em seu encalço. A lei brasileira proíbe “negociar com governo ou grupo estrangeiro, ou seus agentes, com o fim de provocar atos típicos de guerra contra o País ou invadi-lo”. A pena prevista varia de 3 a 8 anos de prisão e pode dobrar em caso de guerra a partir da negociação ilegal. No caso pode chagar a 15 anos de reclusão.
A PGR está acusando o deputado licenciado, que largou o mandato para morar nos EUA e conspirar de lá contra os interesses do Brasil, de crime de atentado à soberania nacional. Este crime, que no Brasil está previsto no artigo 359-I do Código Penal, prevê uma pena de 3 a 12 anos de prisão.
“Em tudo também se nota a motivação retaliatória, que se acena como advertência para autoridades da Polícia Federal, da Procuradoria-Geral da República e do Supremo Tribunal Federal, de que não apenas elas próprias, mas também seus familiares, estão sob ameaça. A ameaça consiste na perspectiva de imposição de medidas punitivas pelo governo norte-americano, que o sr. Eduardo, apresentando-se como particularmente influente junto a ele, diz haver conseguido motivar, concatenar, desenvolver e aprovar em diversas instâncias”, diz a PGR.
Tanto Jair Bolsonaro quanto Eduardo são apontados como incentivadores das sanções impostas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros determinada por Donald Trump. A intenção seria pressionar o presidente Lula e o STF a retirarem acusações contra Bolsonaro relacionadas à tentativa de golpe de Estado em 2022.
Outro integrante da família golpista, desta vez o senador Flávio Bolsonaro, foi ainda mais explícito e admitiu publicamente a atividade criminosa do clã. Ele próprio chantageou o Brasil. Disse que era só garantir a impunidade de Jair Bolsonaro que, imediatamente, as tarifas cairiam. Sabotagem aberta contra o país e a Justiça brasileira. A família Bolsonaro passou, ela própria, a verbalizar a chantagem em nome de Trump.
Não há nem necessidade de muito esforço por parte da promotoria para provar o crime que o “03” está cometendo. É ele mesmo que confessa. Ele já vinha sendo investigado por tentativa de obstrução da Justiça. Afinal, seu conluio com a extrema direita americana visava chantagear o Supremo Tribunal Federal para tentar livrar Jair Bolsonaro do julgamento por tentativa de golpe de Estado. Agora, a esse crime de obstrução da Justiça, se soma o de traição nacional e conspiração contra o Brasil.
O presidente Lula fez uma associação recentemente entre as artimanhas criminosas de Eduardo Bolsonaro contra o Brasil nos Estados Unidos e o episódio do traidor Silvério dos Reis, que ficou conhecido como a maior traição da história do Brasil. Silvério foi o sacripanta que dedurou os inconfidentes à Colônia portuguesa. Sabotar os interesses do Brasil, trabalhar abertamente junto a um país estrangeiro para prejudicar a economia do país e destruir empregos é algo muito grave.