Com a crise, a construção civil brasileira perdeu mais 125 mil trabalhadores em 2017, o que representou uma redução de 5,1% de vagas de emprego em relação a 2016.
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), José Romeu Ferraz Neto, assinala que chega a 1,3 milhão o número de postos de trabalho encerrados na construção civil no Brasil, desde 2014, quando teve início a recessão no governo Dilma. Para ele, a recuperação do setor passa por investimentos públicos em obras de infraestrutura e na habitação popular.
O número de trabalhadores ainda empregados no setor é de 2,372 milhões no final de 2017, o mesmo nível de 2009.
Os dados são resultado da parceria do Sindicato com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).
Organizada em oito segmentos, a pesquisa mostrou, que em 2017, aqueles que sofreram maior queda foram: Imobiliário (-8,15%), Obras de acabamento (-7,23%) e Incorporação de imóveis (-5,37%).
Todas as regiões do Brasil tiveram desempenho negativo, com o número de demissões maior do que as contratações. Os piores resultados foram observados no Sudeste (-5,73%), com destaque para o Rio de Janeiro (-9,83%) e São Paulo (-6,26%), responsáveis pelos maiores mercados da construção civil principais, e no Norte (-5,56%).
SÃO PAULO
A construção civil paulista demitiu 43.379 trabalhadores, reduzindo em 6,26% o quadro de 2017, em relação ao ano anterior. O número de trabalhadores empregados ficou em 649.481. Na capital, que responde por 43,09% do total de empregos no setor, a queda em 2017 foi 7,27%.