“Consultor” fake do FNDE recebeu R$ 2,4 milhões para liberar verbas de prefeituras

Darwin Lima (de mochila) ao lado do então ministro da Educação, Milton Ribeiro. Foto: Reprodução - Instagram

O “consultor” do FNDE, Darwin Einstein de Arruda Nogueira Lima, recebeu R$ 2,4 milhões para facilitar a destinação das verbas do FNDE para cidades maranhenses. Como dono de uma empresa de engenharia que era contratada pelas mesmas prefeituras que recebiam o dinheiro do FNDE, ele lucrou outros R$ 10 milhões.

Essa e outras roubalheiras acontecem sob a gestão de Marcelo Ponte, que foi indicado para a presidência do FNDE pelo condenado por corrupção Valdemar da Costa Neto, presidente do partido de Bolsonaro.

Como “consultor”, Darwin Nogueira tinha acesso irrestrito aos sistemas do FNDE e do Ministério da Educação, além de uma vaga de garagem exclusiva para estacionar sua Land Rover e sua Mercedes C250, carros de luxo de valor muito acima da sua renda.

“Na última sessão da Comissão de Educação do Senado, a base do Governo tentou a todo custo barrar o convite a esse consultor. Agora sabemos a razão! Mais uma denúncia sobre o balcão de negócios que se transformou o MEC. A CPI é um imperativo moral”, defendeu o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que foi vice-presidente da CPI da Covid-19, nas redes sociais.

O “consultor” atuava em conjunto com Garigham Amarante e Gabriel Vilar, que são diretores do FNDE, para oferecer o esquema para prefeitos ao redor do país. O Fundo gastou, no último ano, R$ 81,6 mil nas 25 viagens aéreas que os dois fizeram.

O FNDE distribuiu R$ 10,5 milhões entre as cidades de Raposa, Cachoeira Grande, Santa Luzia, Cândido Mendes, Brejo de Areia, Pedro do Rosário, Alto Parnaíba, Dom Pedro, Nova Iorque, Pastos Bons, Paraibano e Penalva, todas no Maranhão.

Cada uma dessas cidades contratou a empresa de engenharia de Darwin usando o dinheiro que recebeu do FNDE.

ORÇAMENTO SECRETO

Dos R$ 10,5 milhões empenhados pelo FNDE para as prefeituras que contrataram a empresa de Darwin Lima, R$ 7,04 milhões, ou seja 66,5%, foram de verbas do orçamento secreto, esquema criado por Bolsonaro para obter apoio político para o governo no Congresso.

Darwin postava fotos com Marcelo Ponte e outros diretores do FNDE em seu Instagram, mas fechou a conta recentemente, quando as denúncias de corrupção no Fundo começaram a aparecer.

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