
Os metroviários de São Paulo sinalizam entrar em greve no próximo dia 15, em protesto contra a ameaça do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, de privatizar todas as linhas de Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), além de terceirizar a manutenção da Linha 15-Prata do Monotrilho.
Conforme informação do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, já existe, inclusive, um pregão marcado para o dia 28 para a contratação de uma empresa para fazer a manutenção da Linha 15.
“Apesar do fracasso das privatizações e do mal exemplo das Linhas 8 e 9, Tarcísio quer entregar as linhas restantes da CPTM e todo o Metrô”, denuncia o sindicato. A entidade afirma que a privatização dessas linhas “já mostrou que só os empresários ganharam. Os passageiros são prejudicados constantemente, com atrasos, falhas e graves acidentes”.
A entidade também alerta para o risco para a população de entregar para a iniciativa privada a manutenção da Linha 15 do Monotrilho. “Isso é uma aventura, uma irresponsabilidade! Um serviço tão importante não pode ficar nas mãos de empresas que só visam o lucro. Se isso se concretizar, a segurança dos passageiros e funcionários estará em risco! Não podemos permitir”, afirma comunicado do sindicato que convoca a assembleia da categoria no dia 14, que vai bater o martelo sobre a greve.
O sindicato explica que terceirizar vários setores do Metrô, Monotrilho e CPTM tem sido a tática do governador para apressar a privatização. “Ele tem pressa porque pretende fazer isso até o final de seu governo, em janeiro de 2027. Para atingir seu objetivo, Tarcísio adota a tática de terceirizar vários setores das empresas”.
“No caso do Metrô, ele já terceirizou as bilheterias e outros setores. Agora quer entregar a manutenção de trens do Monotrilho. É uma forma de abrir o caminho para a privatização, que é a entrega total das linhas. A terceirização caminha com a precarização dos serviços, demissões e desmoralização do metrô estatal”, denuncia a entidade.