O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), visitou Israel e publicou uma mensagem defendendo os ataques do país contra a Faixa de Gaza, que já deixaram mais de 26 mil mortos.
Mendonça foi indicado para a Corte por Jair Bolsonaro, que, no domingo (29), fez uma live usando uma camiseta com um escudo escrito “Israel”.
“Hoje choramos o holocausto. Os atos da 2ª Guerra foram a banalização do mal. Aqui, em Israel, vi terroristas que mataram pelo prazer de matar; vi o êxtase com o mal. Inacreditável, inaceitável, injustificável e indefensável”, publicou o ministro no sábado (27).
Os genocidas de Israel usam o holocausto praticado pelos nazistas para cometer crimes bárbaros contra os palestinos.
Mendonça está integrando uma delegação de magistrados organizada pela Confederação Israelita do Brasil (CONIB), que defende o sionismo, para Israel.
Em um vídeo gravado para a organização, Mendonça disse que tem “esperança e fé de que vai ser possível construir uma sociedade com paz”.
Mendonça não citou e nem prestou solidariedade aos mais de 26 mil palestinos que foram assassinados por Israel desde o começo da guerra.
O ataque do Hamas em 7 de outubro, sobre o qual o ministro falou em sua publicação no Twitter, é pretexto usado pelo governo de Israel para justificar o genocídio do povo palestino.
Desde outubro, Israel tem atacado a Faixa de Gaza com bombas e ocupado com tanques de guerra. Já foram contabilizadas as mortes de 26.637 palestinos, dos quais cerca de 70% eram crianças e mulheres. Outras 64.487 pessoas ficaram feridas.
Entre 75% e 85% de toda a população da Faixa de Gaza teve que deixar suas casas.
A Agência da ONU na Palestina (UNRWA), que tem atuado com ajuda humanitária em Gaza, informou que 152 de seus funcionários foram mortos pelos bombardeios de Israel, sendo que 360 pessoas que estavam em abrigos da UNRWA morreram em razão dos ataques do governo de Israel nos locais.